Desmoralizar a política serve à mídia

Coincidentemente, lia há pouco no livro de Solano Nascimento sobre Jornalismo investigativo ("Novos escribas") a análise de John Thompson sobre os efeitos dos escândalos midiáticos sobre a democracia.
Combina com a análise abaixo de Luiz Carlos Azenha.

Por Luiz Carlos Azenha
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Desmoralizar a política serve à mídia, na medida em que o Congresso deveria ser o responsável pela regulamentação dos meios, por enquadrar a propriedade cruzada, os monopólios, etc. Não que os próprios políticos e as alianças bizarras não contribuam com isso, mas o foco é em destruir a esfera pública, transferindo o debate para as páginas de jornais e entregando a agenda política na mão dos mervais. Do ponto-de-vista meramente eleitoral, em 2014 Marina Silva vai surfar nessa onda, aglutinando o voto antipetista e antitucano. Se o Eduardo Campos sair candidato, enfraquece Dilma numa região-chave para o PT, o Nordeste. O objetivo é garantir o segundo turno. Não foi por outro motivo que, me contou um ex-assessor de campanha, ele carregou uma mala de dinheiro tucano para fortalecer candidato "alternativo" em 2006.

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