Da assessoria do evento
Após os primeiros protestos, que reuniram milhares de pessoas em dezenas de cidades brasileiras, no último final de semana, o Partido Social Cristão (PSC) se reuniu na última terça-feira, 13, e, sem dar ouvidos à voz da população brasileira, decidiu pela permanência do pastor no cargo.
A postura considerada intolerante e ditatorial do partido, aliada a depoimentos escandalosos de Feliciano, que somam mais de 132.623 citações racistas e preconceituosas, causaram mais indignação. Dezenas de cartas de repúdio da sociedade civil, conselhos católicos, evangélicos e de movimentos negros foram enviados à comissão, mas não foram levadas em conta pelo PSC.
As mobilizações pelas redes sociais prometem para este sábado, dia 16, mais protestos pedindo a saída do pastor e exigindo proporcionalidade de cadeiras dentro da comissão, predominantemente formada pela bancada evangélica. O dirigente que deve assumir a comissão, para os manifestantes, deve ter histórico de batalha pelos direitos humanos, deve respeitar o estado laico, sem impor sobre seu ofício os próprios princípios religiosos.
Confusão e tumulto - Na primeira reunião da CDHM da Cãmara Federal com o pastor à frente da comissão, no último dia 13, quarta-feira, o cenário foi de tumulto e troca de ofensas. Mesmo sem quórum suficiente para abrir a reunião, o deputado Feliciano quebrou o regimento e impediu a deputada erica Kokay (PT-DF) de de falar na sessão. Em seu twitter, o deputado federal Jean Wyllys postou: “Deputados do PSC agridem moralmente a deputada Erika Kokay na Com. Dir. Humanos, que tem seu direito de resposta proibido por @marcofeliciano”.
O pastor e deputado Marco Feliciano foi eleito no dia 07 deste mês, no Congresso Nacional, em Brasília, com 11 votos de 12 deputados participantes da Comissão, em uma sessão marcada pela proibição da entrada de militantes e representantes da sociedade civil.
Racismo e intolerância
Algumas das frases mais escandalosas ditas por Feliciano: ”africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é a polêmica”.
Em outro momento, dispara: “sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças de lá: ebola, AIDSs, fome… etc”.
Em um terceiro depoimento, fala também de homossexualidade: “a Aids é um câncer gay. Homossexuais são âncoras do diabo”.
Diversas petições on-line correm na rede com assinaturas que pedem a saída de Feliciano do cargo e, juntas, acumulam mais de 600 mil assinaturas.
Consulte local e horário dos protestos em cada cidade através do evento do Facebook:
https://www.facebook.com/events/479413378775309/
Comentários