Horror: Marco Feliciano escolhido para Comissão de Direitos Humanos

A jornalista Cynara Menezes traduziu bem o sentimento diante da notícia: "O horror!"
A manchete de O Globo é dolorosa para todos aqueles que militam por direitos humanos - e eu tratei do assunto quando tive a oportunidade de falar na noite de ontem no encontro com José Dirceu:

Abaixo, a triste notícia segundo O Globo.  O PT abriu mão da Comissão que tradicionalmente comandava. Em nome da governabilidade, mais uma vez abriu mão em favor dos racistas e homofóbicos.
Estivemos com Marco Feliciano em 2010. Além de chapinha, sobrancelha feita e homofobia, Feliciano demonstrou todo seu estrelismo.  Em uma conversa em meu carro, demonstrou ser favorável ao aborto - "em algumas circunstâncias".  Suas ideias públicas me parecem às vezes puramente hipócritas:

O pastor Marco Feliciano (PSC) foi escolhido como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados (CDH) na tarde desta terça-feira. Ele é conhecido por suas posições radicais e conservadoras em relação a homossexuais e negros. Antes da definição, o pastor criou em seu site oficial um abaixo-assinado que já conta com aproximadamente 59 mil adesões a favor do seu nome. Ao mesmo tempo, um grupo de opositores criou no site Avaaz.com uma petição que já reúne 46 mil assinaturas contra a indicação do pastor para a comissão.
Eleito em 2010 para seu primeiro mandato de deputado federal, com 210 mil votos, o presidente da igreja Ministério Avivamento já disse que o amor entre pessoas do mesmo sexo leva ao ódio, ao crime e à rejeição. Em 2011, criou polêmica ao escrever no Twitter que "os africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé" e que essa maldição é que explica o "paganismo, o ocultismo, misérias e doenças como ebola" na África.
Outros três parlamentares do PSC também disputaram a indicação: as deputadas Antônia Lúcia (PSC-AC) e Lauriete Rodrigues (PSC-ES) e o deputado Zequinha Amaro (PSC-PA), que também são pastores.
A presidência da Comissão de Direitos Humanos é tradicionalmente ocupada pelo PT, que dessa vez, não a considerou prioridade. A bancada do partido optou por presidir a Comissão de Seguridade Social, além de ter o comando da Constituição e Justiça e de Relações Exteriores, e deixou para o PSC a indicação para o cargo.
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