Nicolas Maduro, eleito presidente da Venezuela |
Publicado originalmente na Carta Potiguar
No site da Telesur
O presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, responsabilizou nesta o ex-candidato antichavista, Henrique Capriles Radonski, pelos atos violentos que aconteceram na tarde desta segunda e alertou que a extrema direita do país se prepara para um golpe de estado.
Em uma conferência de imprensa com os meios nacionais e internacionais no Palácio de Miraflores, Maduro denunciou as palavras ditas por um representante da ala política mais conservadora do país, Julio Borges, que galou “da morte da Revolução”.
“Quando o dirigente da burguesia Julio Borges, fala da morte da Revolução, isso se traduz em um golpe de Estado. Eles vão chamar uma greve geral, vão fechar algumas vias principais de circulação (…) Estão alimentando o ódio nas pessoas. Aqui não haverá golpe de Estado”, enfatizou.
Também denunciou que o ex-candidato antichavista e seu assessor, Leopoldo López, a quem assinalou como “o braço armado da embaixada estrangeira na Venezuela”, contratou grupos motorizados para amedentrar a população caraquenha.
Maduro asseguro que os resultados obtidos neste domingo nas eleições presidenciais correspondem a “uma vitória limpa, legal, constitucional que deve fazer com que a outra metade seja sensata e aceite os resultados”.
Com uma fotografía na mão, Maduro mostrou como grupos violentos queimaram duas sedes do Partido Socialista Unido de Venezuela nos estados Anzoátegui e Táchira. Além disso, comentou que queimaram duas motos e um veículo frente à sede do PSUV no estado de Barinas. Neste mesmo estado, tentaram incendiar a residência do Governador, Adán Chávez.
Em Anzoátegui, dispararam quando o governador, Aristóbulo Isturiz, ia ver os restos da casa do PSUV incendiada. Em Barquisimeto causaram destroços em vidraças de uma concessionária de veículos e uma padaria.
Em Caracas, detalhou que os grupos desestabilizadores da direita estão assediando a sede da estatal Venezolana de Televisión (VTV) e mantém fechado o acesso até a zona oeste da cidade na Rodovia Francisco Fajardo.
Por esses atos responsabilizou o candidato derrotado da direita Henrique Capriles : “Você provocou isto por não respeitar os resultados. Estou duvidando que termine como Carmona Estanga, você terá que enfrentar a justiça venezuelana e duvido que tenha tempo de terminar seu palácio em Nova Iorque”.
Apesar disso, diante desta arremetida o mandatário fez um chamado à pobulação venezuelana, a “responder a estes grupos golpistas com trabalho e um grande sorriso” e manifestou que seu governo está disposto a iniciar um diálogo ativo com os opositores do país.
“Essa é a Venezuela que vocês querem? Esta é a democracia? Esta é a Venezuela que você vai promover como candidato perdedor? Você é responsável, porque você chamou a violência nas ruas, se existem mortos, você é o responsável diante do país”, perguntou aos opositores.
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