Projeto de livro-reportagem sobre presidiárias chega à reta final no Catarse



Faltam 4 dias e R$ 120,00  R$ 70,00 [às 21h53 do dia 22.01] para que Auri, a anfitriã obtenha sucesso no projeto do Catarse.

Eu tive o privilégio de estar na banca que aprovou este livro no curso de jornalismo da Universidade Federal do Ceará.  À época, escrevi esta resenha.  O livro me emociona.

Conheça o projeto do livro no Catarse e contribua para a sua publicação.
O livro-reportagem “Auri, a anfitriã: memórias do Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa” é fruto do Trabalho de Conclusão de Curso das jornalistas Aline Moura e Bárbara Almeida, ex-alunas do curso de Comunicação Social/Jornalismo da Universidade Federal do Ceará. A obra conta com projeto gráfico e diagramação do designer Ed Borges e fotografias de Daniel Muskito, que fez ensaio fotográfico na penitenciária feminina especialmente para o livro.
Booktrailer

O livro-reportagem “Auri, a anfitriã” já está pronto para publicação. A obra conta com o projeto gráfico vencedor da categoria de melhor Edição de Livro tanto no Expocom Nordeste quanto no Expocom Nacional. O projeto gráfico e as fotografias vieram enriquecer o texto das jornalistas Aline Moura e Bárbara Almeida. Ambos corroboram para a personificação do próprio espaço e convidam o leitor a conhecer os meandros da estrutura física e da psique da personagem fictícia, ao mesmo tempo em que ajudam a contar histórias de vida de quatro personagens reais.
Desta forma, a campanha visa arrecadar verba para impressão de 500 exemplares do livro “Auri, a anfitriã” e seu posterior lançamento. Logo após o êxito da arrecadação, o material será enviado para impressão e, em seguida, as recompensas para nossos apoiadores.
Orçamento
3 000 = valor da impressão de 500 exemplares do livro
520 = 13% destinado ao Catarse
480 = frete e marca páginas
Total = 4 000
A anfitriã
Com a proposta de mesclar literatura e jornalismo, o livro narra as história de quatro internas do Instituto Penal Feminino (IPF). O aspecto mais ousado da obra, no entanto, é trazer uma narrativa em primeira pessoa, tendo a única instituição penal feminina do Ceará como personagem-narradora. A “Auri” – como é chamada a “anfitriã” dos leitores e das personagens – ganha vida para narrar as histórias contadas por suas internas.
Durante toda a leitura, a narradora imprime suas marcas emocionais e subjetivas. Na linguagem, substitui termos estereotipados sobre os indivíduos em privação de liberdade por formas mais íntimas de se referir às internas. Com vocabulário próprio, usa termos que, simbolicamente, demonstram a visão que ela tem sobre as coisas, como, por exemplo, “minhas hóspedes”, “meus cômodos”, “meus domínios”, “mundo exterior”, “leis dos homens”.
Além de documentos oficiais, as principais fontes da “Auri” são suas “protegidas”. Ela imerge nas versões contadas pelas internas do IPF. Com isso, o que se traz à tona não são mais julgamentos para as mulheres já condenadas, mas os caminhos percorridos até o cárcere, a experiência carcerária e o retorno para a sociedade, a partir da perspectiva das personagens.
Com engenhosidade, as autoras exploram os aspectos fantásticos próprios da memória humana, principalmente durante o confinamento. A própria narradora deixa claro aos leitores que não controla o quão real ou fantasioso possam ser as memórias das internas. O que se reconhece é que, no ambiente do cárcere, a fantasia é uma constância psíquica. O mundo real está misturado ao ideal, mas “Auri” sabe que não pode dar conta das mentes de suas hóspedes.
Entre outras influências, o livro Vigiar e Punir, do filósofo francês Michel Foucault, guia a reflexão sobre a eficiência do sistema penitenciário e de toda a complexa engrenagem alimentada pela Justiça Brasileira. Os conceitos de Foucault funcionam como uma lente para ampliarmos nossa visão sobre o sistema penal. A partir deles, percebemos que um livro sobre uma penitenciária vai muito além da rotina que ali se encontra, assim como falar sobre mulheres no cárcere vai muito além dos crimes em que estão envolvidas.
Prêmios
Em 2014, a obra foi agraciada com cinco prêmios: melhor Livro-reportagem no Expocom Nordeste, melhor Edição de Livro no Expocom Nordeste, melhor Livro-reportagem no Expocom Nacional, melhor Edição de Livro no Expocom Nacional e melhor Trabalho de Conclusão de Curso no prêmio de Gandhi de Comunicação.
Expocom Nordeste
Expocom Nacional
 
Prêmio Gandhi
 
O prêmio Expocom (Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação) é realizado durante o Congresso de Ciências da Comunicação da Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação) e premia os melhores trabalhos experimentais do Brasil. O Prêmio Gandhi de Comunicação é uma iniciativa da Agência da Boa Notícia e destaca os trabalhos que mais contribuem para a Cultura de Paz.
Contatos
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Observação: as histórias e as opiniões expressas no livro “Auri, a anfitriã: memórias do Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa” não tem nenhuma relação com a personalidade que dá nome à instituição ao qual a obra se refere.