O que leva a jornalistas falarem em nome do governador Robinson Faria?

Tenho a sensação que existe muita gente, especialmente na imprensa, falando em nome do governador Robinson Faria.  Ou tentando falar.
Na sexta, Túlio Lemos acusou a secretária-chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha, de causar insatisfação junto ao governo, retardando a nomeação de indicados.  "Ela está se sentindo superior ao próprio governador", chega a dizer o jornalista.
Tais acusações parecem ecoar críticas que eram feitas contra Tatiana ainda antes da posse do novo governo. Houve na imprensa acusações de que Tatiana acumulava muito poder e chegou-se a afirmar que Robinson não a indicaria para nenhuma secretaria - o que parece indicar que as acusações não tinham fundamento ali.
Também Heitor Gregório resolveu falar em nome do governador. Segundo o blogueiro, que apostava na vitória de Henrique Alves e Vilma de Faria nas eleições 2014 a partir dos números do Instituto Item, o governador não ficou contente ao ver Rodrigo Bico, da Fundação José Augusto, postar fotos em redes sociais no Carnaval com cartazes dizendo que "Impítiman É Meuzovo", brincadeira carnavalesca contra os movimentos que pedem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Bico é militante do PT e faz parte da cota do partido no governo do estado.  
Acho improvável que o governador tenha se incomodado com uma manifestação política do seu secretário de cultura.  Assim como acho difícil que haja qualquer atrito entre ele e sua principal auxiliar, Tatiana. Isso me parece coisa de quem tem seus interesses contrariados. Quais seriam esses interesses?
Mas também me parece apontar que, como o governo Dilma Rousseff, o governo Robinson está tendo dificuldades para se comunicar - se o governador não falar, alguém se sentirá no direito de falar por ele.  Isso tudo aponta o risco de que o governo se torne refém de uma parcela da imprensa potiguar e seus posts direcionados.

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