Operações Pecado Capital e Hefasto: Semana de combate à corrupção em Natal

Ao ler as notícias de hoje sobre a Operação Hefasto, e sobre a busca e apreensão no gabinete de Enildo Alves, não pude deixar de me lembrar que na tarde do dia 31 de agosto fui duramente criticado por ele no plenário do legislativo municipal.  Falei sobre isso aqui.
Enildo deu coletiva - que chegaram a informar como cancelada devido a uma virose - em que partiu para o ataque contra o promotor José Augusto Peres.  Afirmou sofrer perseguição e anunciou que vai ajuizar ação contra o promotor.
É ironia que tão poucos dias depois depois de me atacar Enildo volte aos noticiários, novamente em temas policiais.  Aguardemos.
Lembro, sobre a Operação Hefasto, que enquanto muitos criticavam a suposta inoperância do ministério público e da polícia contra a suspeita de existência de cartel no preço dos combustíveis em Natal, alguns conseguiam destacar que uma operação assim leva tempo e correria secretamente.  E foi exatamente isso.
Duas operações de alto impacto numa mesma semana em Natal.  Há quem veja vínculo entre a Operação Pecado Capital e a Operação Hefasto.  Pelo menos duas eu vislumbro: os irmãos Macedo Bernardo foram investigados por causa de um posto de combustíveis e a presença de pessoas próximas à prefeita Micarla de Sousa (PV) em ambas.
Aguardemos, sobre o Pecado Capital, que alguém possa essa tarde levantar algumas questões interessantes, entre as quais:

1) Esclarecer as relações entre os acusados e os dois desembargadores citados nas gravações.  Há uma filha de Saraiva Sobrinho e alguém de Expedito Ferreira entre os fantasmas do IPEM.  Além disso, o filho de Expedito e diretor do DETRAN, Érico, é citado em uma das gravações;

2) Esclarecer junto ao TRE, presidido por Saraiva Sobrinho, a quebra de sigilo fiscal de Rychardson publicada no DJe de 25 de agosto.

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