O relatório sobre irregularidades na Transposição do Rio São Francisco, divulgado hoje, deverá precipitar a saída de Fernando Bezerra do Ministério da Integração. Bezerra, mais que indicação do PSB, é nome do presidenciável Eduardo Campos.
Será que o PSB desembarca do governo no mesmo processo?
http://www.brasil247.com/+23u4j
Em pleno Carnaval, ministro tentou contemporizar intenção dos socialistas de liderarem oposição à presidente Dilma Rousseff; "Todo o partido busca o poder, só que temos um compromisso de primeira hora com a aliança com o PT", disse Fernando Bezerra; habilidade verbal pode se mostrar inútil caso PSB rompa com a base aliada; cadeira serviria para presidente fazer uma mini-reforma ministerial que envolveria, ainda, a troca no Ministério do Turismo de Gastão Vieira por Gabriel Chalita.
A presidente Dilma Rousseff já tem por onde começar a sua reforma ministerial. A julgar pela disposição dos principais líderes do PSB, o partido quer mesmo antecipar seu posicionamento na sucessão presidencial de 2014, lançar o quanto antes a candidatura do governador Eduardo de Campos, de Pernambuco, e promover uma disputa particular com o PSDB sobre a primazia de liderar a oposição ao PT. É insustentável, nesse plano, a permanência do ministro da Integração Regional, Fernando Bezerra, no cargo.
Interessado em ficar, porém, Bezerra tem procurado contemporizar os ânimos em seu próprio partido, disparando recados de que a decisão de lançar Campos contra Dilma não será tomada.
"O PSB é um aliado de primeiro momento do PT no governo federal", disse o ministro, no sábado de carnaval, em meio ao desfile do tradicional bloco Galo da Madrugada, em Recife. Para ele, as críticas do governador Campos à administração federal são "discussões para aproximar o partido da sociedade e ajudar o País". Bezerra prosseguiu: "Todos os fatos recentes demonstram a disposição do PSB em ajudar Dilma a vencer 2013. Ouço de Eduardo que a disposição é no sentido de manter a aliança". Ele julga como natural a disposição da agremiação em planejar uma candidatura própria, mas adianta que essa estratégia ainda não estaria madura entre os socialistas. "Todo partido busca o poder, nenhum pensa em ser sempre auxiliar. Só que temos um compromisso com uma aliança, o ambiente é de diálogo entre PT e PSB", defendeu Bezerra Coelho.
Apesar da defesa, o descontentamento de Dilma com o desempenho de Bezerra já circula entre as colunas de bastidores políticos de Brasília. Além do baixo índice de realizações do PAC 2 no Nordeste, pesam contra ele as movimentações do PSB em oposição ao PT em áreas estratégicas como o governo do Distrito Federal, de grande visibilidade política. Apesar de deter mais de 60 cargos na administração do GDF, o PSB anunciou no ano passado o seu desembarque da base aliada do governador Agnelo Queiroz, do PT. O gesto desagradou Dilma, que tem em Agnelo um correligionário que não lhe cria problemas e, ainda, a ajuda a manter a capital federal em clima de desenvolvimento para a Copa do Mundo de 2014, graças à construção do Estádio Mané Garrincha. A arena, em estado adiantado de construção, já é vista como a mais bonita entre as que estão sendo feitas no País.
A partir da cadeira de Fernando Bezerra, Dilma poderá iniciar a remontagem de áreas importantes de sua administração. A presidente ainda não desistiu de colocar o deputado paulista Gabriel Chalita, do PMDB, em seu ministério, mas está menos inclinada do que antes a desalojar o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, de sua posição. A primeira alternativa, de colocá-lo no Turismo, onde o titular é Gastão Vieira, esbarrou num problema sério: Vieira é aliado do ex-presidente José Sarney, o que provocaria uma reação de sabor indigesto para o governo. Contemplando, porém, um nome peemedebista no poderoso Ministério da Integração Regional, Dilma não teria dificuldade em convencer seus aliados a aquiescer com a entrada de Chalita no primeiro escalão pela porta do Turismo.
Caso o PSB consume efetivamente o gesto de romper com o governo, toda a habilidade verbal de Bezerra, demonstrada em pleno carnaval, terá sido vã.
Será que o PSB desembarca do governo no mesmo processo?
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Em pleno Carnaval, ministro tentou contemporizar intenção dos socialistas de liderarem oposição à presidente Dilma Rousseff; "Todo o partido busca o poder, só que temos um compromisso de primeira hora com a aliança com o PT", disse Fernando Bezerra; habilidade verbal pode se mostrar inútil caso PSB rompa com a base aliada; cadeira serviria para presidente fazer uma mini-reforma ministerial que envolveria, ainda, a troca no Ministério do Turismo de Gastão Vieira por Gabriel Chalita.
A presidente Dilma Rousseff já tem por onde começar a sua reforma ministerial. A julgar pela disposição dos principais líderes do PSB, o partido quer mesmo antecipar seu posicionamento na sucessão presidencial de 2014, lançar o quanto antes a candidatura do governador Eduardo de Campos, de Pernambuco, e promover uma disputa particular com o PSDB sobre a primazia de liderar a oposição ao PT. É insustentável, nesse plano, a permanência do ministro da Integração Regional, Fernando Bezerra, no cargo.
Interessado em ficar, porém, Bezerra tem procurado contemporizar os ânimos em seu próprio partido, disparando recados de que a decisão de lançar Campos contra Dilma não será tomada.
"O PSB é um aliado de primeiro momento do PT no governo federal", disse o ministro, no sábado de carnaval, em meio ao desfile do tradicional bloco Galo da Madrugada, em Recife. Para ele, as críticas do governador Campos à administração federal são "discussões para aproximar o partido da sociedade e ajudar o País". Bezerra prosseguiu: "Todos os fatos recentes demonstram a disposição do PSB em ajudar Dilma a vencer 2013. Ouço de Eduardo que a disposição é no sentido de manter a aliança". Ele julga como natural a disposição da agremiação em planejar uma candidatura própria, mas adianta que essa estratégia ainda não estaria madura entre os socialistas. "Todo partido busca o poder, nenhum pensa em ser sempre auxiliar. Só que temos um compromisso com uma aliança, o ambiente é de diálogo entre PT e PSB", defendeu Bezerra Coelho.
Apesar da defesa, o descontentamento de Dilma com o desempenho de Bezerra já circula entre as colunas de bastidores políticos de Brasília. Além do baixo índice de realizações do PAC 2 no Nordeste, pesam contra ele as movimentações do PSB em oposição ao PT em áreas estratégicas como o governo do Distrito Federal, de grande visibilidade política. Apesar de deter mais de 60 cargos na administração do GDF, o PSB anunciou no ano passado o seu desembarque da base aliada do governador Agnelo Queiroz, do PT. O gesto desagradou Dilma, que tem em Agnelo um correligionário que não lhe cria problemas e, ainda, a ajuda a manter a capital federal em clima de desenvolvimento para a Copa do Mundo de 2014, graças à construção do Estádio Mané Garrincha. A arena, em estado adiantado de construção, já é vista como a mais bonita entre as que estão sendo feitas no País.
A partir da cadeira de Fernando Bezerra, Dilma poderá iniciar a remontagem de áreas importantes de sua administração. A presidente ainda não desistiu de colocar o deputado paulista Gabriel Chalita, do PMDB, em seu ministério, mas está menos inclinada do que antes a desalojar o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, de sua posição. A primeira alternativa, de colocá-lo no Turismo, onde o titular é Gastão Vieira, esbarrou num problema sério: Vieira é aliado do ex-presidente José Sarney, o que provocaria uma reação de sabor indigesto para o governo. Contemplando, porém, um nome peemedebista no poderoso Ministério da Integração Regional, Dilma não teria dificuldade em convencer seus aliados a aquiescer com a entrada de Chalita no primeiro escalão pela porta do Turismo.
Caso o PSB consume efetivamente o gesto de romper com o governo, toda a habilidade verbal de Bezerra, demonstrada em pleno carnaval, terá sido vã.
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