No Brasil de Damares, os garotos gays têm de ser apagados


Quando a pastora Damares Alves assumiu a pasta que cuida de Direitos Humanos no atual governo todos sabiam que tal fato só poderia significar retrocesso.  De início, por suas ideias religiosas e reacionárias - agora sabemos que também por suas mentiras, como a de que seja mestre em educação e direito, e crimes, como o sequestro de uma criança indígena para cria-la como filha (sem adotá-la, no entanto).
O Brasil que Damares representa é muitas coisas, mas é também homofóbico.
No Brasil de Damares e Bolsonaro, descobrimos este fim de semana também que a distribuidora Universal Pictures desistiu de distribuir um filme em nossos cinemas.
Boy erased (garoto apagado), que leva em português o subtítulo de Uma verdade anulada, está sendo apagado dos cinemas do país. Estrelado por Nicole Kidman e Russell Crowe, o filme conta a história de um jovem gay, filho de um casal de pastores evangélicos (Kidman e Crowe), obrigado a enfrentar um "tratamento" de cura aos 19 anos.
O longa é baseado no livro de memórias Boy Erased: A Memoir of Identity, Faith and Family, escrito por Garrard Conley.  A distribuidora alega questões financeiras para a decisão - o que não muda a percepção de que essas história não deve ser contada no Brasil atual.
No país de Damares e Bolsonaro, os garotos gays e suas histórias têm de seguir sendo apagados.  Neste novo mundo medieval, em nome da ideologia de gênero, todos os LGBTs precisam ser apagados. 

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