Estátua gigante do índio Poty pode ser construída no caminho do novo aeroporto

Enquanto o aeroporto de São Gonçalo vai se chamar Aluísio Alves, herói nacional pode ganhar estátua.  Preferia que o aeroporto levasse o nome de Poty, sem precisar que estátua alguma fosse erguida.

Por Sergio Vilar
Do Diário do Tempo

A construção de uma estátua gigante do índio Poty, o Felipe Camarão, foi sugerida durante uma mesa redonda formada na Potylivros do Praia Shopping, na última quarta-feira. A data celebrava a morte do índio potiguar, cogitado para ser herói nacional, inscrito no Livro da Pátria.
A ideia partiu do general da 7ª Brigada de Infantaria Motorizada Felipe Camarão (jurisdição RN e PB), Fernando Maurício Duarte de Melo. Na mesa estavam o vereador Franklin Capistrano, o deputado estadual Hermano Morais e representante da Fundação Rampa (que se propõs a realizar um documentário sobre Felipe Camarão).

A estátua seria construída nos moldes da Santa Rita de Cássia, em Nova Cruz – a maior estátua religiosa do Brasil (acho que do mundo). A ideia será levada à deputada federal Fátima Bezerra e ao senador Paulo Davim, no intuito de angariar recursos à obra, ainda para a Copa de 2014.

O local seria a rótula situada na Av. Tomaz Landin, próximo ao Nordestão e à entrada de São Gonçalo do Amarante, no caminho para o mega aeroporto a ser construído.

A estátua seria baseada no retrato feito depois da rendição da tropa holandesa, em 1654, considerado o mais fiel. À época, João Fernandes Vieira, depois capitão-mor da Paraíba, encomendou dois paineis a um pintor não revelado, sobre a primeira e segunda batalha dos Guararapes, onde Felipe Camarão foi o maior estrategista e responsável pela derrota e consequente rendição holandesa.

Os paineis foram pintados em madeira e hoje estão no teto do couro da Igreja da Nossa Senhora da Conceição dos Militares, no Monte dos Guararapes, em Jaboatão, Pernambuco. Em um mesmo painel há duas imagens de Felipe Camarão, de corpo inteiro e em plano aberto.

O local da estátua também faria ligação com a ideia dos mártires. Poty é tido como vingador dos massacres. Depois do massacre de Cunhau, ele voltou lá e matou tudo que é holandês e índio adversários. Segundo o pesquisador Aucides Sales, tem até música (ou ponto) entoado na Jurema, registrado por Mário de Andrade, em 1927, que fala a respeito.

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