Exame: "Pôneis Malditos", da Nissan, será investigada pelo Conar

Comercial Pôneis, da Nissan

 Do site da Revista Exame:

"Pôneis Malditos", a sarcástica campanha da Nissan que estreou na última sexta-feira (29) na internet e, em seguida, na TV, será investigada pelo Conar, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária.

Com cerca de 30 denúncias vindas de diferentes partes do Brasil, o comercial será analisado pelo órgão por fazer a associação de figuras infantis - no caso, os pôneis em desenho animado - com a palavra "malditos".

Após a abertura do processo, que aconteceu na tarde de ontem, o próximo passo é a nomeação de um relator que estudará as denúncias, o que deve acontecer na tarde de hoje, de acordo com o Conar.
Caso o relator escolhido de manifeste sobre a concessão de uma medida liminar, o comercial deverá sair do ar até que o processo seja julgado. O julgamento, segundo o Conar, ocorre em torno de 30 dias.
Com mais de 5 milhões de visualizações no Youtube, a campanha permaneceu no topo dos trending topics do Twitter durante dois dias inteiros no Brasil. No ranking global, o termo "pôneis malditos" também emplacou rapidamente.
Criado pela Lew’Lara/TBWA, agência de publicidade da Nissan, o filme faz uma sátira à potência dos motores rivais da montadora, comparando-os aos animaizinhos. Por fim, o comercial apresenta a maldição: "É o seguinte, se você não passar esse vídeo agora para 10 pessoas, você vai sofrer a maldição do pônei: você vai ficar o resto da vida com essa música na cabeça". A partir daí, o grudento jingle ganha vida e invade as redes sociais, virando hit.

Comentários

Vinicius Duarte disse…
Sei que minha cabeça é cheia de minhocas, mas algo me diz que está tudo correndo como o esperado pela agência:

1- criaram uma campanha tosca e ridícula, bem à feição das bobagens que adoram comentar na web;

2- O barulho foi estrondoso, e todo mundo viu a peça sem a agência gastar um centavo com mídia;

3- quando o troço ia saindo da boca do povo, precisavam de mais um gás. E como fazer? Simples, basta arrumar uns 30 zés-manés para "reclamar" no CONAR e o assunto volta à baila;

4- A bovina opinião pública das redes sociais se sensibiliza com a "causa" e volta a falar da tosqueira, gerando agora uma reação do tipo "defesa dos pôneis malditos", "contra a censura!", etc.

5- O comercial, se for "vetado" pelo CONAR, vira cult e continua sendo falado e assistido, não exigindo qualquer compra de mídia;

6- se não for, já entra na TV/Rádio e outras mídias bombando (tipo "olha, o comercial 'proibido' tá passando!"), exigindo assim menos gastos com compra de espaço.