Líbia: QG de Gaddafi é tomado

Do UOL

Os rebeldes tomaram controle do quartel-general do ditador líbio Muammar Gaddafi, segundo a agência de notícias Associated Press.

Centenas de rebeldes invadiram os portões do quartel de Bab al-Aziziya após horas de intenso tiroteio. O local era uma das poucas áreas sob o comando do regime de Gaddafi.

Como ação simbólica, os rebeldes hastearam sua bandeira assim que assumiram o controle do quartel.

Ainda não se sabe se Gaddafi está escondido no local. De acordo com locais, o quartel-general possui uma rede de túneis que complicaria a captura do ditador caso ele esteja no local.



Localizado no centro de Trípoli, o complexo de seis quilômetros quadrados é considerado o quartel-general e residência de Gaddafi.

O quartel-general do ditador fica perto do hotel Rixos, onde estão hospedados muitos jornalistas estrangeiros. O edifício estremeceu às 9h (6h de Brasília) após uma forte explosão nas proximidades, o que criou uma onda de pânico entre os repórteres, que se refugiaram no subsolo.

Aviões sobrevoavam a capital, cenário de muitos combates entre rebeldes e forças leais a Gaddafi em bairros próximos ao hotel Rixos.

Soldados do regime protegiam o hotel, que abriga 30 correspondentes internacionais.

O Rixos permanecia sem água ou energia elétrica, que são restabelecidas apenas por uma hora durante a noite.

Mais cedo, a emissora de TV AL Jazeera divulgou imagens de bombas sendo atiradas e fumaça emergindo sobre a cidade, enquanto rebeldes tentavam derrotar as tropas de Gaddafi nos bairros que ainda estão sob seu controle.

Os rebeldes entraram em Trípoli na noite de sábado e já controlam a Praça Verde - lugar simbólico no qual os partidários do regime costumavam se reunir - e a sede da televisão estatal, que não transmitiu sua programação diária, mas as forças leais a Gaddafi ainda resistem em alguns bairros, incluindo Tajura, Suq-Joma e Fashlom.

Segundo o Centro de Imprensa dos rebeldes, reforços estão chegando a Trípoli por mar a partir da cidade de Misrata, 200 km ao leste, para garantir a tomada da capital.

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