Polícia que atira sem perguntar antes será indiciada

Do UOL:

A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciará por lesão corporal culposa (não intencional) os dois policiais militares que efetuaram pelo menos 14 disparos contra o ônibus da Viação Jurema que fazia o trajeto Praça XV-Duque de Caxias, sequestrado por um grupo de quatro homens armados na última terça-feira (9), na avenida Presidente Vargas, no centro da capital fluminense. As informações são da 6ª DP (Cidade Nova).

De acordo com o laudo preliminar do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, divulgado nessa quarta-feira (10), todos os tiros foram feitos de fora para dentro do veículo (em direção à lataria, na altura dos pneus), o que evidencia a suspeita de que os assaltantes não efetuaram disparos no interior do coletivo. Os resultados conclusivos da perícia devem sair nos próximos 30 dias.
Há informações de que pelo menos uma bala atravessou três bancos do veículo. Durante a ação criminosa, Liza Mônica Pereira, 46, foi baleada no tórax e levada para o hospital Souza Aguiar, no centro da cidade, em estado grave. Ela segue hospitalizada no CTI (centro de Terapia Intensiva) da unidade depois de uma cirurgia em um dos pulmões, que foi perfurado pelo projétil.
Ao todo, seis pessoas ficaram feridas. Além de Liza, outras duas permanecem hospitalizadas. Um homem identificado como Alcir Pereira, 56, ferido no pescoço, também está internado no hospital Souza Aguiar, com quadro clínico estável. Um policial militar baleado foi levado para o hospital da corporação, no Estácio, na zona norte, e está em período de observação. Ele passa bem, segundo o boletim médico, mas não há previsão de alta. A identidade do PM não foi revelada.
De acordo com a Viação Jurema, dona do ônibus sequestrado, um psicólogo contratado pela empresa está de plantão no hospital Souza Aguiar a fim de prestar assistência às vítimas.

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