#BlogueiroAssassinadonoRN: Acusados são transferidos para presídio federal


Cinco das oito pessoas indiciadas criminalmente pela morte do presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de Serra do Mel (região Oeste do Rio Grande do Norte), Ednaldo Filgueira, foram transferidos na tarde de ontem para o Presídio Federal de Mossoró, após solicitação do delegado que investiga o caso, Odilon Teodósio, e do Ministério Público Estadual (MPE). A transferência aconteceu depois das investigações mostrarem que, mesmo presos, os cinco continuavam mantendo contato com outros integrantes da quadrilha colocando em risco a integridade física de testemunhas do processo que apura a morte de Ednaldo.

Os presos transferidos foram: Rafânio Brito de Azevedo, Raniely Brito de Azevedo, Daniel dos Santos Azevedo, Abnadabe Nunes Ismael Pereira da Silva (Foguinho) e Paulo Ricardo da Costa (Paulinho). Os cinco devem permanecer um ano no sistema penitenciário federal, com possibilidade de o prazo ser prorrogado.

Os cinco estavam em presídios de Caraúbas, Parnamirim e Natal, mas as unidades não eram seguras. "Eles continuavam mantendo contato por telefone celular ou por visitas com outras pessoas da quadrilha. E esse grupo é muito perigoso. As testemunhas do processo podiam se sentir coagidas, por isso pedimos a transferência", disse o delegado Odilon Teodósio.

Além dos cinco transferidos, também estão presos por este crime, Cícera Soares da Costa, proprietária do restaurante Padre Cícero,na cidade de Serra do Mel; Francisco Fábio Ferreira (conhecido pelo apelido de Galego) e Marcélio de Sousa Moura.

Ednaldo Filgueira foi executado a tiros na noite de 15 de junho deste ano, quando saía da sede do "Jornal Serrano", de sua propriedade, em Serra do Mel. As investigações policiais apontam para uma motivação político-partidária no crime e uma relação com as matérias publicadas por Ednaldo em seu jornal.

Mandantes do crime e mais pessoas envolvidas no plano de execução do presidente do Partido dos Trabalhadores serão conhecidos na conclusão da segunda parte do inquérito, quando a Polícia Civil promete concluir o restante da investigação.

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