#ForaMicarla: Até quando vai a mentira?

Por Carlos Eduardo Alves
Na Tribuna do Norte

Em viagem ao Rio de Janeiro e ao Rio Grande do Sul para atender compromissos partidários, não pude responder de pronto às mais recentes inverdades da administração municipal sobre o estado de abandono do Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte, fechado no dia 2 de janeiro de 2009, no segundo dia após a posse desse governo. Procedimento irresponsável, de nítida inveja de nossa administração e de provocante desrespeito ao povo de Natal. Procedimento que se repetiu descaradamente com a paralisação das obras do Mercado das Rocas e o fechamento da Maternidade Dr. Leide Morais, a única da zona norte e que foi reaberta por pressão popular com o nome fantasia de Hospital da Mulher, numa péssima jogada de marketing, que não levou em conta o muito que esta cidade deve ao empenho e profissionalismo do ilustre médico. Uma grosseria sem tamanho e sem justificativa, se não a clara assinatura de quem não tinha na ocasião, e se provou até agora, a mínima condição de apresentar um projeto que seja para Natal, tal a nulidade de suas ações e pelas quais o cidadão está pagando muito caro, por excesso de leviandade e imaturidade.
O Parque da Cidade está incrustado na Zona de Proteção Ambiental 1, criada pelo município em consonância com a Política Nacional de Meio Ambiente, por sinal a primeira a ser constituída por lei justamente por ser uma das principais fontes  de recarga do Aquífero Barreiras, responsável por 70% da água usada no abastecimento da cidade. Por estar em zona de proteção ambiental, o terreno não permite a construção de imóveis. Assim, em 2006, a Prefeitura assinou protocolo de intenções com a imobiliária Nil Imóveis para levantar o total das dívidas da empresa a fim de viabilizar a permuta do terreno por meio de dação de pagamento. Portanto, não havia mais "proprietários particulares" na área. Por sinal, o único que reclamou direitos, instado a apresentar escritura, desapareceu. E aí vem o embuste, a falácia. Dos 130 hectares que preservamos, eles agora inventam que o parque passou a 132 hectares, após "acordos" com os "proprietários particulares". Isso não é coisa séria!

De real é que, após audiência pública, regulamentamos a criação do parque conforme os critérios do Sistema Nacional de Unidades de Conservação e o entregamos funcionando, num magnífico projeto do genial Oscar Niemeyer, com Centro de Educação Ambiental, auditório para 200 pessoas, biblioteca, salas de aula e de manejo ambiental, sanitários, sala da Guarda Ambiental, pórtico monumental, mirante, trilhas, ciclovias e estacionamento. Somente de junho a setembro de 2008, o parque recebeu a visita de 42 escolas municipais, estaduais e particulares, num total de 1.869 alunos. Entre visitas técnicas, oficinas, palestras e aulas-passeio foram 153 atividades. Já o Memorial Natal, coroando uma torre de 45 metros, recebeu mais de 15 mil visitantes da cidade, do país e do exterior. E eles alegam grotescamente até hoje que o elevador não era adequado. Como essas pessoas chegaram até lá?

De tudo, resta a verdade que não quer calar. O parque, o natalense e os nossos visitantes são vitimas de uma administração desastrosa e criminosamente mentirosa. Uma administração irresponsável,  que relegou ao mais puro descaso os serviços básicos da cidade. Em Natal, aqui, acolá e mais além, tudo é péssimo nessa gestão, pois não se trata apenas de incompetência, mas também de completa irresponsabilidade. Esta cidade já está farta de mentiras e falsas informações.


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