Operação Pecado Capital: MP investiga pesquisas pagas por Ipem

Da Tribuna do Norte

As investigações sobre supostas irregularidades no Ipem/RN não pararam com a entrega da denúncia de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha à Justiça. Os promotores continuam averiguando pontos ainda não contemplados na primeira denúncia. Ontem, a Promotoria do Patrimônio Público instaurou inquérito civil para investigar a contratação de duas empresas de pesquisa, a Perfil Pesquisas Técnicas e M2R Pesquisa de Opinião e Mercado, pelo Instituto em 2008. Foram requisitados documentos que comprovem a realização do serviço e marcada uma data para esclarecimentos.
A direção do Ipem/RN terá de enviar a documentação dos processos administrativos que culminaram com a contratação das duas empresas, segundo pedido do MPE. Além disso, os diretores da Perfil e da M2R devem comparecer no dia cinco de outubro à sede da Promotoria do Patrimônio Público  com os documentos que comprovam a efetiva realização do serviço. Para os promotores, o mais importante é conhecer como foram feitas as contratações e se os serviços foram mesmo prestados.

A reportagem da Tribuna do Norte entrou em contato com representantes das duas empresas. A M2R disse que não iria se pronunciar nesse momento sobre a investigação. Já o diretor da Perfil, Fernando Figueiredo, apresentou os documentos que irá remeter ao Ministério Público. De acordo com esses documentos, as pesquisas foram realizadas em fevereiro e abril de 2008 para medir a satisfação e conhecimento dos usuários de Caicó e Mossoró acerca do serviço do Ipem. Nos dois relatórios, foi incluída uma pergunta sobre a administração da então governadora Wilma de Faria.

Fernando Figueiredo contou que o contato para firmar o contrato foi pessoal. "Rychardson veio aqui com mais três assessores e nos pediu uma proposta. Ele queria saber a avaliação dos usuários sobre alguns serviços realizados pelo Ipem em cidades do interior", explica.

A Tribuna do Norte teve acesso aos dois relatórios a serem apresentados ao MPE, segundo Fernando Figueiredo. A amostragem das pesquisas foi de 600 pessoas. Entre as principais perguntas, o conhecimento dos usuários acerca da existência do órgão, além da opinião sobre programas específicos.

De acordo com os dados apresentados pela Perfil, em Caicó  58,17% das pessoas não conheciam o Ipem e 33,33% tinham "ouvido falar". Somente 8,5% dos entrevistados afirmavam conhecer o Instituto de Pesos e Medidas. Já em Mossoró 62,5% dos entrevistados não conheciam o Ipem e 38,5% ouviram falar. Sete por cento dizem conhecer.

Opinião

Entre todas as perguntas relativas aos programas oferecidos pelo Ipem, uma destoava das demais. Na página que identificava o gênero dos entrevistados, a faixa etária e a escolaridade, estava inserida uma pergunta sobre a aprovação da então governadora do RN, Wilma de Faria. A pergunta está formulada dessa forma: "Como o(a) Sr(a) avalia a administração da governadora Wilma de Faria?". Era a única pergunta de cunho político presente nos documentos.

De acordo com Fernando Figueiredo, diretor da Perfil, as perguntas foram definidas pelo próprio Ipem. "O instituto não define o que será avaliado, apenas executa o projeto com o cuidado de formular as perguntas da maneira correta. Os temas a serem  pesquisados é o cliente quem escolhe", explica Figueiredo.

O diretor da Perfil diz estar tranqüilo com a investigação promovida pelo Ministério Público. "É preciso deixar claro que a Perfil não está sob investigação. O que está sendo investigado é um ato administrativo no Ipem. Iremos prestar as informações normalmente, no dia indicado pelos promotores", afirma.

Bate-papo: » MPE Patrimônio Público

Promotores esclarecem investigação

O que deu origem ao inquérito? A mesma investigação em curso sobre a Operação Pecado Capital?

Foi verificado nas ordens bancárias do IPEM, pagamentos para dois institutos de pesquisa, no ano de 2008. É necessário saber o motivo desta contratação e que serviços estas empresas realizaram para o IPEM. É uma nova investigação que surgiu a partir da análise das ordens bancárias enviadas pelo Ipem.

Há indícios de que o Ipem contratou serviços que não foram prestados?

O que existe de concreto são as ordens bancárias. O que se quer investigar é como ocorreu esta contratação e verificar se os serviços foram prestados.

Quais os valores gastos pelo Ipem naquele ano com pesquisas contratadas?

 R$ 10.000,00 para a Perfil e R$ 27.825,00 para a M2R .

As investigações sobre supostas irregularidades no Ipem/RN não pararam com a entrega da denúncia de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha à Justiça. Os promotores continuam averiguando pontos ainda não contemplados na primeira denúncia. Ontem, a Promotoria do Patrimônio Público instaurou inquérito civil para investigar a contratação de duas empresas de pesquisa, a Perfil Pesquisas Técnicas e M2R Pesquisa de Opinião e Mercado, pelo Instituto em 2008. Foram requisitados documentos que comprovem a realização do serviço e marcada uma data para esclarecimentos.

A direção do Ipem/RN terá de enviar a documentação dos processos administrativos que culminaram com a contratação das duas empresas, segundo pedido do MPE. Além disso, os diretores da Perfil e da M2R devem comparecer no dia cinco de outubro à sede da Promotoria do Patrimônio Público  com os documentos que comprovam a efetiva realização do serviço. Para os promotores, o mais importante é conhecer como foram feitas as contratações e se os serviços foram mesmo prestados.

A reportagem da Tribuna do Norte entrou em contato com representantes das duas empresas. A M2R disse que não iria se pronunciar nesse momento sobre a investigação. Já o diretor da Perfil, Fernando Figueiredo, apresentou os documentos que irá remeter ao Ministério Público. De acordo com esses documentos, as pesquisas foram realizadas em fevereiro e abril de 2008 para medir a satisfação e conhecimento dos usuários de Caicó e Mossoró acerca do serviço do Ipem. Nos dois relatórios, foi incluída uma pergunta sobre a administração da então governadora Wilma de Faria.

Fernando Figueiredo contou que o contato para firmar o contrato foi pessoal. "Rychardson veio aqui com mais três assessores e nos pediu uma proposta. Ele queria saber a avaliação dos usuários sobre alguns serviços realizados pelo Ipem em cidades do interior", explica.

A Tribuna do Norte teve acesso aos dois relatórios a serem apresentados ao MPE, segundo Fernando Figueiredo. A amostragem das pesquisas foi de 600 pessoas. Entre as principais perguntas, o conhecimento dos usuários acerca da existência do órgão, além da opinião sobre programas específicos.

De acordo com os dados apresentados pela Perfil, em Caicó  58,17% das pessoas não conheciam o Ipem e 33,33% tinham "ouvido falar". Somente 8,5% dos entrevistados afirmavam conhecer o Instituto de Pesos e Medidas. Já em Mossoró 62,5% dos entrevistados não conheciam o Ipem e 38,5% ouviram falar. Sete por cento dizem conhecer.

Opinião

Entre todas as perguntas relativas aos programas oferecidos pelo Ipem, uma destoava das demais. Na página que identificava o gênero dos entrevistados, a faixa etária e a escolaridade, estava inserida uma pergunta sobre a aprovação da então governadora do RN, Wilma de Faria. A pergunta está formulada dessa forma: "Como o(a) Sr(a) avalia a administração da governadora Wilma de Faria?". Era a única pergunta de cunho político presente nos documentos.

De acordo com Fernando Figueiredo, diretor da Perfil, as perguntas foram definidas pelo próprio Ipem. "O instituto não define o que será avaliado, apenas executa o projeto com o cuidado de formular as perguntas da maneira correta. Os temas a serem  pesquisados é o cliente quem escolhe", explica Figueiredo.

O diretor da Perfil diz estar tranqüilo com a investigação promovida pelo Ministério Público. "É preciso deixar claro que a Perfil não está sob investigação. O que está sendo investigado é um ato administrativo no Ipem. Iremos prestar as informações normalmente, no dia indicado pelos promotores", afirma.

Bate-papo: » MPE Patrimônio Público

Promotores esclarecem investigação

O que deu origem ao inquérito? A mesma investigação em curso sobre a Operação Pecado Capital?

Foi verificado nas ordens bancárias do IPEM, pagamentos para dois institutos de pesquisa, no ano de 2008. É necessário saber o motivo desta contratação e que serviços estas empresas realizaram para o IPEM. É uma nova investigação que surgiu a partir da análise das ordens bancárias enviadas pelo Ipem.

Há indícios de que o Ipem contratou serviços que não foram prestados?

O que existe de concreto são as ordens bancárias. O que se quer investigar é como ocorreu esta contratação e verificar se os serviços foram prestados.

Quais os valores gastos pelo Ipem naquele ano com pesquisas contratadas?

 R$ 10.000,00 para a Perfil e R$ 27.825,00 para a M2R .

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