A paternidade me transformou profundamente. Muitas coisas se tornaram mais difíceis depois que Alice entrou na minha vida. Tudo mudou de patamar, todas as prioridades foram rearrumadas. Mesmo nos momentos que nada parece ter muito sentido em minha vida, Alice faz sentido. Pleno e suficiente.
Viajar se tornou uma tarefa quase impossível para mim depois que fui pai. A primeira vez que viajei, passei quatro dias - com o coração na mão -, em Curitiba. Nessa viagem, Alice chamou papai pela primeira vez. E eu estava a milhares de quilômetros.
Mês passado fui salvo por uma recomendação médica de passar os mesmos quatro dias longe, dessa vez em Porto Alegre.
Quando se aproxima o momento de minhas viagens sem Alice, a aflição cresce em proporção direta. De modo semelhante me senti quando, no início do ano, Alice e a mãe passaram duas semanas no Rio.
Na manhã desde sábado, quando tomava café antes de ir à reunião da Comissão Organizadora Nacional em São Paulo, assistia uma boa reportagem de Carlos Dornelles na Record sobre os moradores solitários em São Paulo. Dornelles destacou um personagem, gaúcho, que mora sozinho e trabalha em São Paulo. O gaúcho deixa claro que sua intenção é voltar para casa em uma situação de vida melhor do que chegou em São Paulo. E diz que um tesouro o estimula: sua filha de seis anos. Há três ele não a vê.
A cena me emocionou. Tive de esconder dos outros hóspedes a minha emoção por pudor e vergonha. A saudade de Alice me consumiu. Não sei como poderia resistir se estivesse no lugar daquele homem.
Viajar se tornou uma tarefa quase impossível para mim depois que fui pai. A primeira vez que viajei, passei quatro dias - com o coração na mão -, em Curitiba. Nessa viagem, Alice chamou papai pela primeira vez. E eu estava a milhares de quilômetros.
Mês passado fui salvo por uma recomendação médica de passar os mesmos quatro dias longe, dessa vez em Porto Alegre.
Quando se aproxima o momento de minhas viagens sem Alice, a aflição cresce em proporção direta. De modo semelhante me senti quando, no início do ano, Alice e a mãe passaram duas semanas no Rio.
Na manhã desde sábado, quando tomava café antes de ir à reunião da Comissão Organizadora Nacional em São Paulo, assistia uma boa reportagem de Carlos Dornelles na Record sobre os moradores solitários em São Paulo. Dornelles destacou um personagem, gaúcho, que mora sozinho e trabalha em São Paulo. O gaúcho deixa claro que sua intenção é voltar para casa em uma situação de vida melhor do que chegou em São Paulo. E diz que um tesouro o estimula: sua filha de seis anos. Há três ele não a vê.
A cena me emocionou. Tive de esconder dos outros hóspedes a minha emoção por pudor e vergonha. A saudade de Alice me consumiu. Não sei como poderia resistir se estivesse no lugar daquele homem.
Comentários
Nos tornamos inexorávelmente eternos com a maternidade /paternidade. Mesmo que a necessidade das distâncias territoriais existam,estes laços jamais se rompem...são nossas partes, são nossas extensões repartidas em sementes que crescem e dão flores de nós.