#VejaInvaders: Em busca de uma sepultura

Primeiro, a Veja tentou invadir o quarto de hotel do ex-ministro José Dirceu (PT).  Ao publicar uma matéria insossa sobre as supostas novidades e denúncias contra o ex-ministro e não ter o que dizer sobre a tentativa de invasão, Veja assumiu sua responsabilidade.  
Passou a se esforçar por esgotar o assunto e tirá-lo da agenda da mídia.  Tanto que não repercutiu a denúncia de Dirceu, sequer para desmentí-la na edição seguinte.
Nesta mesma edição, a Veja dá capa a uma matéria sobre saúde e sugere, como milagroso remédio em favor da perda de peso, o Victoza, que faria perder de sete a doze quilos em cinco meses.  A segunda tentativa de suicídio da revista em duas semanas se deu por recomendar como medicação para perda de peso um remédio contra a diabetes.
A Agência de Vigilância Sanitária publicou nota em que explica que o remédio propagandeado pela Veja não deve ser usado como emagrecedor. “A única indicação aprovada atualmente para o medicamento é como agente antidiabético... Não foram apresentados à Anvisa estudos que comprovem qualquer grau de eficácia ou segurança do uso do produto Victoza para redução de peso e tratamento da obesidade”. O mesmo comunicado destaca que seu uso acarreta “elevado risco para a saúde da população”.
Pois é.  Aos 43 anos de idade ainda há gente que acredita que Veja é revista, faz jornalismo e é respeitada entre os colegas jornalistas.
A Veja comprova que está no fim da vida.  Em breve, será sepultada ao lado da cova em que jaz seu jornalismo.

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