#AcampaSampa por Democracia no Brasil


No Blog da Maria Fro


Vinte e sete anos depois do histórico Comício pelas Diretas, o Anhangabaú é palco de manifestações por democracia. Passadas duas décadas da chamada “Redemocratização”, é hora de questionarmos se vivemos, de fato, em um país democrático. A cada dia fica mais claro que o poder econômico tomou o controle de todo o processo político, de modo que, diferente do que diz a Constituição, não somos tratados como iguais.Os políticos em Brasília têm poder de decidir por eles mesmos qual será o salário deles e também o salário do trabalhador comum. Basta olhar a diferença absurda entre o contracheque deles e os nossos para ver que eles representam apenas os seus próprios interesses e os do pequeno grupo de privilegiados que concentra a maior parte da riqueza de nosso país.
Eles decidem quanto cobrarão de tributos e também como nosso dinheiro será gasto; Eles decidem destruir as florestas e rios sem consultar a vontade das populações indígenas, nem a dos contribuintes que arcarão com os custos da construção da Usina de Belo Monte; Eles gerem o transporte público, mas chegam para “trabalhar” de helicóptero; Constantemente, policiais (agentes do Estado) extrapolam suas atribuições agindo com violência desmedida contra moradores de rua e da periferia bem como contra manifestantes pacíficos. E pior, fazem isso dizendo estar agindo em nosso nome. Esses e outros exemplos demonstram que ELES NÃO NOS REPRESENTAM.
O movimento popular plural e independente #AcampaSampa propõe democracia direta (real, verdadeira, que esteja presente no nosso dia-a-dia). Defendemos o direito a voz para todos nos debates e decisões importantes. Chega de decisões unilaterais concentradas nas mãos dos mais ricos dentre os ricos.

AQUI VOCÊ TEM VOZ (como todos os outros)
No acampamento que se instalou sob o Viaduto do Chá desde o último dia 15 de Outubro todas as decisões são tomadas por consenso. Isso significa que todas as pessoas presentes têm direito a voz para expor suas propostas, críticas, sugestões, problemas e temas apresentados. Não importa sua idade, grau de instrução formal, sexo, raça, nem quanto dinheiro você tem (ou deve) no banco.
Convidamos você a se juntar ao movimento. A sua presença é muito importante. Venha participar das assembléias consensuais, decidindo junto o futuro do movimento e do Brasil. Caso não possa permanecer acampado, leve a discussão para todos os cantos da cidade e do país; pela internet, fazendo sua arte, na conversa com os amigos, como você quiser. Ocupemos as ruas e lembremos a essa cidade que ela tem VIDA.
Vamos recuperar nossos sonhos e o direito de decidir os nossos destinos e o do nosso país.

Não Violência . Apartidário . Consenso



Um grupo de jovens que participa, do movimento “Ocupa Sampa”, o qual busca, por meio de um protesto prolongado, chamar a atençao para a baixa representatividade das instituiçoes democraticas e as mazelas socias, alem da questao do meio ambiente.
O movimento se baseia no Occupy Wall Street e outros movimentos semelhantes que já surgiram em outros países. O protesto consiste na ocupação permanente de um espaço publico e a colocação de faixas, placas e outras formas de chamar a atenção do publico que passa pelo local. Atualmente, o Ocupa Sampa encontra-se embaixo do viaduto do Cha.
Ocorre que a policia (GCM) tem impedido os manifestantes de montar barracas, afixar placas e cartazes, limitando o seu direito constitucional de livre expressão de pensamento e manifestação. A GCM afirma que os manifestantes estão desrespeitando a lei de ocupação urbana, que não e verdade, já que eles não estão ali com a finalidade de morar, mas sim de protestar. Os manifestantes estão com serias dificuldades de continuar com seu protesto, haja vista as difíceis condições impostas pela policia, o que envolve a impossibilidade de se proteger do frio. Posteriormente, a policia militar também foi envolvida no caso.
A associação brasileira pela democratização e pela liberdade de expressão vai impetrar hoje (17.10.2011) mandado de segurança contra o coronel PM Alvaro Batista Camilo.
O representante do instituto práxis de direitos humanos deseja que o núcleo de direitos humanos acompanhe o caso, para prestar assistência jurídica aos manifestantes e assegurar que o seu direito de manifestação seja respeitado.
De: Acampa Sampa

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