Dimenstein e o sentimento da minoria

Por Paulo Teixeira
No Escrevinhador

O jornalista Gilberto Dimenstein quis solidarizar-se com o ex-presidente Lula, mas não conseguiu. Em sua coluna “O câncer de Lula me envergonhou”, publicado pela Folha Online deste domingo (30/10), ele condena o preconceito de uma minoria que, neste momento, diz que Lula deveria se tratar no SUS, o Sistema Único de Saúde.

Em seu texto, Dimenstein faz alguns elogios a Lula e diz que o ex-presidente foi conivente com a corrupção. Baseado em quê?
Lula tomou uma série de providências no combate à corrupção durante o seu governo. Se não, vejamos.
Os procuradores gerais indicados pelo então presidente foram indicados sem o compromisso de aliviar a vida do governo, diferentemente do que ocorreu no governo FHC, quando o procurador geral era chamado de “engavetador geral da república”.
A Polícia Federal atuou com independência e autonomia funcional, prendendo inclusive um irmão do então presidente, que sequer foi indiciado depois.
A Controladoria Geral da República (CGU) foi instalada em todos ministérios, atuando como órgão de controle interno com mãos fortes.
Lula enviou para o Congresso Nacional duas legislações importantes de combate à corrupção: a legislação de acesso aos dados públicos, recentemente aprovada, e que exigirá a máxima transparência do Estado brasileiro; e a outra legislação importante, tramitando na Câmara Federal, pune o corruptor.
O texto do jornalista é paradoxal na medida em que, ao condenar tal minoria, a acompanha nos seus preconceitos.

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