Operação Sinal Fechado: Novas informações sobre documentos apreendidos

Entre outras coisas que o Ministério Público tornou públicas no dia de hoje dentre os documentos apreendidos na última quinta-feira (24), vou destacar algumas que me chamaram bem atenção.
Em primeiro lugar, o contrato apreendido no escritório de George Olímpio dando conta que ele receberia R$ 4,50 por cada veículo financiado que fosse registrado nos cartórios de Minas Gerais em título de pagamentos de honorários.  Se imaginassemos o registro de 500 mil veículos por ano em MG, George estaria embolsando cerca de R$ 2,25 milhões por ano somente com o negócio no Detran mineiro.  Ele fez o contrato com a Vanuza Arruda, que ocupa a presidência do Instituto de Cartórios de MG, nos mesmos moldes do instituto potiguar do qual Marluce era presidente de direito e George de fato.
Outro elemento que me chamou bastante atenção hoje foi o fato de que o MP encontro, no escritório de George, as propostas da licitação para registro de veículos que seria realizada apenas no dia seguinte, a sexta dia 25.  Ou seja, um forte indício de que a ação da organização continuou no governo atual e que joga o escândalo no atual diretor geral do Detran, Érico Ferreira, filho do desembargador Expedito Ferreira.
Por fim, uma relação familiar que ninguém fez.  George era cunhado de Eduardo Patrício, da Delphi Engenharia.  O Ministério Público conseguiu confirmar o que apontava uma gravação: George deu dinheiro ao cunhado.  Segundo o documento apreendido, foram R$ 140 mil em três parcelas.

Em 2009, Gutho Barreto passou a trabalhar para o grupo Delphi.  Justamente quando a cunhada de Gutho se tornou prefeita da cidade - Micarla de Sousa (PV).  Coincidência? 

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