Enviado por Safrany
Compas,
seguem  os links com os áudios da reportagem que fiz  na ocupação do  Pinheirinho, localizado na zona sul de São José dos  Campos. A situação é  dramática. Pode ocorrer uma carnificina na área.  Aproximadamente 10  mil pessoas vivem nessa ocupação, muitos idosos,  crianças, mães com  bebês de colo. Todos estão dispostos a resistir.  Essa ocupação  é  formada por pessoas extremamente pobres, mas que têm uma consciência   incrível do direito que têm sobre aquela terra. Por isso, vão resistir à   invasão da Tropa de Choque da PM. Há informações de que a Rota está na   região, esperando o momento para intervir junto com o Choque. O clima é   tenso na região. Mas teoricamente a invasão da polícia não ocorre até   amanhã, quando deve acontecer mais uma reunião entre advogados   representantes dos moradores e o comando do policiamento do interior. A   reunião está agendada para às 14h. O comando é extremamente duro e   afirma que vai cumprir a ordem. A juíza da 6 Vara da Fazenda Pública de   São José dos Campos, Marcia Loureiro, que concedeu a ordem de despejo   está irredutível em revogar o pedido de reintegração de posse. Afirmou   que só faz isso se as três esferas de poder (Executivo federal, estadual   e municipal) chegarem a um acordo. A Prefeitura de São José está   intransigente. Não compareceu à reunião na sede da OAB que aconteceu na   manhã de sexta-feira, em que participaram representantes dos governos   federal, estadual, o padre da região, o defensor de direitos humanos,   advogados, representantes do PT e do PSTU. Uma nova reunião na sede a   OAB foi convocada para a tarde daquele mesmo dia. Novamente nenhum   representante da Prefeitura compareceu. Então os representantes   resolveram deslocar a reunião para a sede da Prefeitura. Após mais de   quatro horas de negociação, a Prefeitura se negou em assinar um acordo   que evite a chacina na área. O máximo que se conseguiu foi a assinatura   de um protocolo de intenções em que pede um prazo de cinco dias para   analisar os pontos acordados entre representantes dos governos federal e   estadual e representantes da sociedade civil e advogados dos moradores   do Pinheirinho. O impasse continua no ar. A área de 1 milhão e 300 mil   metros quadrados pertence à massa falida do mega especulador Naji  Nahas  (bandidaço), cujo o único credor é a Prefeitura de São José dos  Campos. A  dívida de IPTU é superiror a R$ 15 milhões. O local onde está  a  ocupação Pinheirinho é extremamente valorizada. Com certeza a   especulação mobiliária quer retirar os moradores pobres do local, para   construir vários empreendimentos de luxo para ricos. Além disso, o   terreno também fica próximo a outros condomínios de alto padrão. A   informação que tenho é de que a massa falida pedira uma audiência, e a   juíza se adiantou e expediu a ordem de despejo da área e que quando   questionada sobre a carnificina que pode ocorrer, reagiu com   naturalidade. questionaram se ela também não defenderia a sua moradia e   ela respondeu que ela era a dona e eles não, portanto a reintegração de   posse deve ocorrer porque estão em uma terra que não lhes pertence. Em   bom português, a juíza do caso defende a propriedade acima da vida dos   pobres. Amanhã encaminho os links com o resultado da reunião da   tarde entre os três poderes e as entrevistas com os moradores (que vai   ao ar no Jornal Brasil Atual www.redebrasilatual.com.br/radio das 7h às 8h) saudações de luta
Lúcia Rodrigues
Moradores do Pinheirinho prometem resistir até a morte
Igreja e sociedade civil alertam para risco iminente de  mortes
Representantes dos governos sabem que mortes podem ocorrer
Prefeitura falta à reunião de negociação na sede da OAB
 
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