#Pinheirinho: "O Ivo sumiu e eu não sei onde está até agora", diz líder dos moradores

Ainda do PIG, depoimento de Marrom, liderança do Pinheirinho, durante a Audiência Pública desta noite.  Esse depoimento eu não consegui assistir porque não tinha chegado em casa ainda.




Eu recebi uma ligação afirmando que a tropa de choque estava vindo pra cpa. Eu não acreditei. Deposi eu recebi informação de São Paulo que a tropa de choque estava vindo pra Ca. Fui à casa de dois moradores. Peguei o carro e dei uma volta. Não vi nada e voltei pra casa. Mas novamente tive informação às duas hors da manha. Ligamos para nossos parceiros e disse vocês estão ficando maluco. Um rapaz que trabalha pra VANGUARDA me ligou dizendo que estva com a tropa de choque. Então eu voltei pra Pinheirinho por volta das quatro horas. Ai vi a guarda municipal. Ai acordei as lideranças. Iriamos realizar uma resistência. Ai soubemos da ordem que era pra prender o MARROM. Eu estava dentro do acampamento. Cortaram os celulares. Ficamos meia hora sem celular. Consegui falar com o Toninho às 5:30. As 5:50 é desocupação. O comandante disse que era um pente fino, mas entrou cavalaria, tropas de choque. Entravam 200 soldados em cada tropa. Veio a guarda municipal. Dois helicópteros que atiraravam inclusive com bala de verdade. A coordenação levou o pessoal pra igreja. Levamos crianças e idosos. A tropa de choque foi a igreja e jogou crianças e idosos da igreja. O movimento me tirou da ação. Me isolaram. Eu estou há muito tempo, mas eu nunca tinha visto isto. Foi um estrupo. Eu vi policial da cavalaria chorar porque não queria fazer. Jogavam bomba em criança. O Ivo apanhou muito da tropa de choque e nós não conseguimos chegar até ele. Ele apanhou muito. Conseguimos pegar ele e o amarramos. Mas ele sumiu e eu não sei aonde está ele até agora. A tropa entrou bantendo. Muita pancadaria. Tem muita pessoa que apanhou muito. Eles não vieram dar o depoiemnte. A tropa dividiu foi para o campo dos alemãos. Parecia um campo de guerra. Eu me senti um pequeno pais sendo atacado. As pessoas não acreditavam perguntavam o que tinha acontecido. E o acordo? E o acordo? Eu respondi esquece o acordo. O acordo agora é ficar vivo.

Nós da coordenação orientamos as pessoas ir até o campo dos alemãos. A guarda não queria. Quando as pessoas se acumulavam no campo, os guardas jogavam bomba. Eu vi uma criança ser atingida e sair ensanguetada. E nunca mais vi esta família.

Aí eu posso dizer pra vocês eu troquei boné, camiseta, mil vezes. Coloquei até peruca. Uma hora eles me pegaram. E uma pessoa gritou é o Marrom. Eles me puseram no carro e ficou comigo uns 15 minuto. Mas me liberaram. Eu liguei pro Toninho. Foi uma coisa bastante ruim. Depois as polícias começaram a derrubar as casas, com tudo dentro. As policias roubavam as coisas e levavam embora. Derrubara a igreja católica. Começaram a cantar e agora o Pinheirinho é nosso. Pra nós eles falavam – aeh seu vagabundo. Muita humilhação.

No dia seguinte, as pessoas tentando pegar as coisas de dentro das casas. A policia derrubou uns 65% das casas. No dia seguinte já veio a policia civil veio de ninja. Hoje o acampamento tá cercada com segurança particular, mas quem tá fazendo a rapina é a policia civil.

Um dos moradores pegou o Luizinho. Vocês têm que pegar o Marrom levar pra praça pública, matem que nós vamos picotar e dar fim. A coordenação está correndo risco porque está com esta ordem.

O prefeito pediu que uma repórter do Vale fizesse uma matéria criminalizando o movimento. Pra facilitar pra ele. O que eu vi foi um ESTUPRO SOCIAL. O que restam são crianças passando imensa necessacidade. Psicologicamente a s crianças estão arrazadas. Eu tenho certeza que vocês não vão ter que arranjar só casa não. Vão ter que arranjar psicólogos. Eles não vieram só pra fazer desocupação, mas pra matar a população.

Outra coisa é que temos que garantir a entrada de companheiros aqui no abrigo. Quem tá com pulseira a polícia bate na rua.

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