Sem estar alcoolizado, qualquer bandido passa em blitz

Duas semanas atrás fui com minha filha ao Rio. Viajamos de madrugada, saindo pouco depois das duas da manhã. Minha esposa estava no Rio fazendo um curso e era seu aniversário. Íamos fazer uma surpresa.
Para permitir um sono mais tranquilo a Alice, fiz o check-in pela Internet e sai de casa no horário mais tarde possível.
Lembrei dessa cena agora há pouco quando cheguei de mais uma viagem ao Rio. Como fui ontem, deixei meu carro no aeroporto. Meu voo pousou à meia noite e quinze minutos. Antes das 0h30 já havíamos deixado o aeroporto. Deixei a colega em Cidade Jardim e segui para a BR. Era 0h45 quando eu passei na frente do Carrefour. Passei pelo Via Direta uma hora depois. Por quê? Blitz.
Mas não é uma blitz qualquer. Foi a blitz menos racional pela qual já passei: afunilaram o trânsito nos dois sentidos da BR para as marginais, em vez de usarem todas as faixas da via. Pior ainda. Quando vi a blitz e um PM me confirmou do que se tratava, imaginei que o alvo pudesse ser essa onda articulada de violência que acontece na cidade. Imediatamente separei meus documentos para ganhar tempo. Quando uma hora depois cheguei diante do inspetor, ele me pediu apenas para sobrar o bafômetro. Não me pediu documento, não verificou o carro. Um bandido sóbrio passa tranqüilamente por uma blitz dessas.
Por que lembrei da minha viagem de duas semanas atrás? Porque se fosse hoje, certamente, eu perderia o meu vôo. Imagino que muitos daqueles que estavam presos no engarrafamento podem ter perdido seus vôos. O governo do estado vai arcar com as despesas? Por mais louvável que seja uma ação como blitz prejudicar a coletividade é impensável. É isso que vem os

Comentários