Por Marcos Dionísio Medeiros Caldas
Coordenador do Comitê Popular da Copa 2014 em Natal
  Não se questiona a faculdade que o poder público  tem de promover desapropriações em benefício do ddesenvolvimento urbano.  Questiona-se a forma autoritária e a falta de eleger-se intervenções  mais sustentáveis e que viessem a beneficiar o conjunto  da população. As intervenções previstas nas obras de mobilidade em  Natal são tímidas e elitistas. Arrebentam com um grupo de famílias (429  ou 449) que terão imensas dificuldades em reconstruir sua vida noutros  espaços com a irrisória indenização.Buscam atenuar o problema da  mobilidade de carros e não contemplam maiores investimentos para  promover o transporte público com um veículo Leve sobre Trilhos, por  exemplo. Tenho visto e ouvido insinuações de que as pessoas querem  maiores valores nas indenizações. É justo elas quererem uma maior  indenização, mas em sua totalidade o que elas querem é que o município  de Natal ouça a comunidade acadêmica e estude soluções mais sustentáveis  e alternativas para o caos da IMOBILIDADE. Vitimar 449 famílias apenas  melhorar por um certo tempo o fluxo do trânsito de carros particulares é  criminoso por violar o direito humano à moradia mas tb por está jogando  dinheiro público na lata do lixo. Desde o início tem faltado espírito  democrático aos gestores para ouvir e dialogar com as comunidades  envolvidas. Tanto Governo do estado quanto a Prefeitura tem sefurtado a  convocar as Câmaras Técnicas que estariam produzindo melhores abordagens  às questões. O Governo, apenas convocou a Câmara Técnica do Meio  Ambiente e a Prefeitura não convocou nenhuma. Criou sim grupos de  trabalhos chapa branca sem representação da sociedade civil. Tanto o  Chefe do gabinete Civil do estado quanto o Secretário da SECOPA ainda em  Março do ano passado prometeram em Audiência Pública na Assembléia  Legislativa que o estado iria dialogar com a sociedade e as academias  criando as Câmaras Técnicas(SEGURANÇA, SAÚDE, TURISMO,  LEGADO-INFRAESTRUTURA,CULTURA-EDUCAÇÃO,  MOBILIDADE, ESTÁDIO, TRANSPARÊNCIA). Passou-se um ano e nada foi feito.  Tb não temos notícias de tratativas sérias e viáveis para uma série de  assuntos fundamentais para se equacionar ao sediar-se um megaevento como  a Copa: EXPLORAÇÃOS SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, TRÁFICO DE  DROGAS, MULHERES E CRIANÇAS,VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES , CRIANÇAS E  IDOSOS, EPIDEMIA DE DENGUE e a verdadeira GUERRA CIVIL que temos no  país, sobretudo, nas capitais-sedes, ceifando a vida da juventude pobre,  negra e moradora da periferia, com a existência , inclusive, de GRUPOS  DE EXTERMÍNIO em quase todos os estados da Federação. Nossos gestores  estão se comportando como FELIPE MELO no jogo contra a Holanda em  2010.Lamentável! 
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