Operação Sinal Fechado e Miguel Josino

Nas tentativas de reverter o cenário negativo que se desenhava no novo governo contra o Consórcio Inspar, Alcides Barbosa esteve em Natal e realizou uma série de visitas ao lado de George Olímpio.  Estiveram, por exemplo, com o então chefe da Casa Civil do governo do estado, Paulo de Tarso Fernandes.
Estiveram os dois com o Procurador-Geral do Estado, Miguel Josino, e um outro procurador identificado como José Marcelo.  Segundo Alcides, foi uma conversa técnica, sobre a inspeção, notadamente o papel do chip.  
No mesmo dia, Miguel Josino e George deram entrevista juntos em uma rádio de Natal, com Miguel defendendo a legalidade do contrato.   Alcides Barbosa acompanhou a entrevista pelo rádio, mas não saberia dizer se houve combinação.
A entrevista foi dada em 12 de janeiro de 2011, após a suspensão do contrato, ao jornal 96.  Segundo relato do Portal No Minuto, a procuradoria não encontrou irregularidades no contrato.  
“Na semana passada, a governadora Rosalba determinou a suspensão em decorrência de uma movimentação da sociedade civil. Esse assunto não estava devidamente esclarecido para a população. Nós avocamos o processo que estava no Detran e designamos uma equipe para analisar. Com isso, a Procuradoria resolveu recomendar a suspensão por 45 dias”, revela.
Miguel Josino explicou que a inspeção foi aprovada pela Assembleia Legislativa e também atende a uma resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). “O Brasil é o único país da América Latina onde não havia essa preocupação e a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprovou uma Lei determinando que os veículos se submetam a inspeção veicular”, lembra.
De acordo com o procurador, vários estados brasileiros já realizam o procedimento desde 2006.
À 96, George garantiu que todo processo aconteceu de acordo com a lei.

“O edital foi publicado no ano passado e as empresas vencedoras para integrar o consórcio são Inspar, GO Desenvolvimento de Negócios e New Brasil Tecnologia”.
O empresário comentou ainda que a inspeção tem como objetivo medir índices de poluentes, seguindo as regras do Conama, analisando a emissão de gases, bem como os ruídos nos veículos.
Questionado pelo jornalista Diógenes Dantas sobre os preços fixados para as taxas, George Olímpio, respondeu que foram avaliados gastos diretos e indiretos para que se chegasse aos valores.
“Hoje, vamos entregar à Procuradoria nossas planilhas. A concessionária investiu R$ 20 milhões. Para se ter uma ideia, nós teremos postos de inspeção em Natal e mais 13 municípios, cada um com mais de 3 mil metros quadrados, pois precisam atender caminhões. Nós copiamos o modelo de excelência em qualidade que São Paulo tem, para que seja feito trabalho de qualidade”, ressalta.
Para realizar a inspeção, o motorista terá que pagar R$ 68,90 e mais uma taxa de R$ 45 para aplicação de um selo. Essa última taxa provocou maior discussão e o empresário lembrou que ela terá validade de cinco anos. “Após esse período, se apresentar defeito, nós vamos trocar”. George Olímpio comentou também que carros 0 km não precisarão fazer a inspeção. Isso acontecerá somente no segundo emplacamento.

Comentários