#Caixa2doDEMnoRN: A falta de informação da PGR

Publiquei o primeiro áudio que recebi sobre o #Caixa2doDEMnoRN no dia 21 de maio. Na segunda-feira seguinte, 28, logo após publicar todos os áudios, fiz minha primeira consulta à Procuradoria Geral da República.
Tanto o Ministério Público estadual quanto o Ministério Público Federal (o Eleitoral) explicaram ao blog o que fizeram com o material tão grave: fruto de interceptações telefônicas originadas de uma investigação criminal de 2006 no município de Campo Grande (RN), os dois órgãos ministeriais encaminharam os áudios e relatórios para a PGR em 2009. Os crimes ali apontados envolviam dois senadores do DEM (José Agripino e Rosalba Ciarlini) e um deputado federal (Betinho Rosado): todos com prerrogativa de foro.
Acontece que desde o dia 28 de maio a Assessoria de Imprensa da Procuradoria Geral da República se debate com uma demanda que aparenta ser insolúvel: ninguém consegue descobrir o que foi feito do material que aponta indícios de crimes que prescreverão apenas em 2018.
Esta tarde conversava com um amigo do direito que ponderava que tal fato é ainda mais grave do que se a PGR tivesse simplesmente arquivado as investigações. Se tivesse havido arquivamento, ao menos, os áudios e relatórios das investigações teriam sido conhecidos. A falta de informações pode indicar que o material foi "perdido" ou "esquecido" no âmbito da PGR. "Isso é muito grave", disse.
Argumentei, conforme me disse a assessora de imprensa do órgão, que a dificuldade de se conseguir informações possa se dever à investigação seguir em sigilo. "Nesse caso, era obrigação da PGR indicar um número de inquérito e argumentar que mais não poderia dizer por causa do sigilo", concluiu.
De minha parte, prosseguirei em busca de alguma informação na PGR. Reafirmando que nem o MP estadual nem o MPF local arquivaram as investigações, mas fizeram o que lhes cabia no caso: encaminhar ao órgão ministerial competente.

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