#Caixa2doDEMnoRN: Os pontos nos is das gravações democratas

Em que pese o equívoco de atribuir o batismo pelo nome de Caixa 2 do DEM a petistas - quando foi este blog que não é petista que divulgou os áudios -, segue abaixo texto publicado por Eliana Lima em seu blog:

Correm à insistência nas searas petistas gravações interceptadas em 2006 (ano de eleições) que estavam em poder da Procuradoria Geral da República e vazaram há cerca de um mês.

Gravações que petistas batizaram de Caixa 2 do DEM. Nos teores, constam vozes do senador José Agripino, do primeiro-cavalheiro-ravengar Carlos Augusto Rosado e do seu assessor Galbi Saldanha falando em dinheiro para campanha de aliados.

As perguntas que não querem calar: por que essas gravações não vieram à tona no período da campanha, que poderiam impedir a então candidatura de Rosalba Ciarlini ao Senado ou perda de mandato, posteriormente? Por que o MP não tomou providências?

No caso, à época, Fernando Bezerra, seu adversário à época, saiu-se prejudicado.

A coluna do blog levou os questionamentos ao procurador-geral de Justiça, Manoel Onofre Neto.

Ele explicou que as interceptações começaram em agosto de 2006 para apurar o homicídio de um agricultor. Durou dois anos e cinco meses de investigação. No início, assuntos políticos caíram nas escutas, mas a investigação corria em segredo de justiça para não atrapalhar na captura dos réus. Concluída, a denúncia foi oferecida em janeiro de 2009. Como Rosalba já estava no Senado, foi remetida à Procuradoria Geral da República.

As gravações que chegaram recentemente ao conhecimento da mídia não eram objeto da investigação, apenas encontro fortuito da prova.

Se em 2006 houvesse revogação precoce do segredo de Justiça, prejudicaria a investigação para desbaratar um grupo criminoso que praticou várias mortes. Até hoje alguns dos investigados estão presos.

Onofre Neto explica ainda que a prova dessa investigação só foi concluída em 2008, possibilitando, então, revogar o segredo de justiça e enviar a denúncia em janeiro de 2009.

Com o desfecho da investigação e o oferecimento da denúncia, Rosalba era senadora e por isso o Ministério Público requereu a remessa dos indícios obtidos fortuitamente nas interceptações telefônicas ao PGR; o juiz deferiu e os áudios foram remetidos ao Ministério Público Federal para providências cabíveis.

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