Operação Assepsia: Empresa que prestou serviço à Rogério Marinho implicada

por Carlos A. Barbosa 

A empresa Escrita Comunicação, contratada pela Marca e de propriedade da esposa de Alexandre Magno, está implicada na Operação Assepsia. Foram R$ 58,2 mil entre dezembro de 2010 e julho do ano seguinte depositados na conta da empresa pela Associação Marca. A Escrita Comunicação é a mesma empresa que prestou assessoria de imprensa ao deputado Rogério Marinho (PSDB)-RN), candidato a prefeito de Natal.

De acordo com o MP, as investigações apontam que Alexandre Magno confeccionou os dispositivos jurídicos para viabilizar a contratação de três organizações sociais, previamente escolhidas junto com o então secretário de Saúde de Natal em 2010, Thiago Trindade.

As organizações são o IPAS (Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde) -, entidade que primeiro administrou a UPA do bairro de Pajuçara; o ITCI (Instituto de Tecnologia, Capacitação e Integração Social), contratado para gerir o Projeto Natal contra a Dengue, e a Associação Marca para Promoção de Serviços, atualmente responsável pelos contratos de gestão da UPA Pajuçara e dos AMES (Ambulatórios Médicos Especializados) mantidos pelo município de Natal.

Relata a peça do Ministério Público que Alexandre Magno atuou em defesa das instituições exercendo "uma clara ascendência intelectual e psicológica sobre Thiago Trindade", e com a anuência e participação do então procurador-geral do município, Bruno Macedo Dantas.

Entre as supostas infrações cometidas pelo agente público, o Ministério Público Estadual observa que, de passagem pelo Rio de Janeiro, Magno recorreu a Tufi Soares Meres, apontado como "chefe da organização criminosa" e proprietário da Marca, para que esse custeasse as despesas do procurador.

Ainda de acordo com o texto, o procurador se valia de sua estreita ligação com os administradores da Marca para o custeio de outras despesas. Em uma interceptação telefônica obtida com autorização judicial, Alexandre Magno cobra do casal Rose Bravo e "Maninho", que administram a Marca, dinheiro para cobrir um débito de R$ 8,8 mil com o Banco do Brasil.

Uma das formas de realizar os pagamentos indevidos, aponta a investigação, era através de depósitos na conta da empresa Escrita Comunicação.

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