Operação Assepsia: Acordo prorroga contrato da Marca no Hospital da Mulher

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O contrato do Governo do Estado com a empresa Marcca para a administração do Hospital da Mulher de Mossoró foi prorrogado por 60 dias. A decisão foi tomada após reunião na manhã desta quinta-feira (24) entre o Procurador-Geral do Estado, representantes do Ministério Público, da Marcca e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com o juiz da Vara da Fazenda Pública, Pedro Cordeiro.

O fim do contrato no próximo dia 29 ameaçava fechar as portas do hospital. Para evitar que isso acontecesse, o juiz Pedro Cordeiro acatou os argumentos do procurador-geral do Estado, Miguel Josino, que defendeu a continuidade dos serviços até que o Governo saiba o resultado da licitação aberta para trabalhar com o modelo de Organização Social defendida pela governadora Rosalba Ciarlini.

Na reunião, ficou decidido que que o Governo do Estado vai realizar um censo na área da saúde para verificar a situação dos servidores da Secretaria de Estado da Saúde, conforme entendimento com o juiz e com o promotor Fábio de Weimá Thé, da Vara da Fazenda Pública. O procurador Miguel Josino disse que a governadora Rosalba Ciarlini já havia determinado a ação e que o trabalho seguirá o modelo feito na Secretaria de Estado da Educação, onde se detectou a ausência de cerca de 1.600 servidores quem não estavam em seus locais de trabalho. “O Estado detectou esse problema na educação e economizou R$ 2 milhões. A Governadora já determinou que se faça o censo na saúde e poder ser que sejam detectadas as mesmas situações”, comentou. Além disso, ficou também decidido que o Governo do Estado irá analisar a situação dos 23 Hospitais Regionais para saber se seria possível deslocar pessoal que são lotadas nessas unidades.


O promotor Fábio de Weimá Thé disse que o acordo fechado e irrevogável com o Governo do Estado prevê também a convocação do pessoal aprovado no mais recente concurso público na área da saúde pública. “No período de 60 dias estabelecidos no encontro, os novos servidores também devem passar por um treinamento”, disse. O promotor afirmou que a decisão tomada nesta quinta-feira foi a favor da população de Mossoró e região. “Foi uma decisão a favor da população para que não haja quebra no serviço. O prazo de 60 dias estabelecido hoje para que se tenha a transição, será acompanhada pelo MP, Estado e a empresa Marcca. É nesse período que o Estado promoverá o censo para verificar excesso de pessoal e de servidores que recebem e não trabalham, a exemplo do que ocorreu na Educação. O Estado vai fazer redistribuição e chamará os aprovados no concurso”, explicou.

Sobre o modelo de gestão Organização Social proposto pelo Governo do Estado, o promotor disse que o próprio Estado prestando diretamente esse serviço. “Mas tem situações nas quais a gente percebe que não funciona muito bem, mas a lei permite a administração de forma complementar e o que o MP quer é que essa gestão seja complementar. Que a gestão seja terceirizada, mas o maquinário seja público. Que o Estado exerça controle”, disse.

Fábio de Weimá Thé comentou também que havia a decisão judicial do juiz Pedro Cordeiro, pela suspensão dos serviços do Hospital da Mulher. Ele disse que o receio também era de que não adiantava somente de discutir as leis. “É preciso pensar na mãe e na criança. A maioria dos partos é complicada e o Hospital da Mulher é uma necessidade e Mossoró carece nessa área”, concluiu.

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