Porque não posso seguir com Carlos

Carlos Eduardo Alves, prefeito de Natal entre 2002 e 2008, fez uma gestão bastante relevante na cidade. Tanto que, mesmo não tendo votado nele para prefeito, quis dar a ele meu voto para governador em 2010. Como certa vez lhe disse, sua gestão à frente da prefeitura o credenciava para o cargo e me fazia crer no grande governador que poderia ser.
Sem dinheiro e sem o apoio de Lula, que preferiu gravar uma mensagem ao lado de Wilma e Iberê, réus da Operação Sinal Fechado, Carlos não teve chances.
Cada eleição e cada cenário, no entanto, trazem elementos diferentes. Para esta eleição de 2012, como militante da esquerda, vi, desde o início, que nossa melhor alternativa, para superarmos o desastre da prefeita-borboleta, seria um projeto autêntico. Desejei, por isso, uma candidatura própria do PCdoB. Vencida essa etapa, sempre considerei que Mineiro pudesse ser uma alternativa, pelo que representa de coerência e compromisso de militância social. Mas não via como impossível seguir com Carlos, por tudo que já disse. Por fim, o partido se decidiu por apoiar Carlos Eduardo. E sabíamos que o PSB também viria para ocupar o posto de vice.
A escolha da ex-governadora Wilma de Faria (PSB) foi a pior possível, em minha opinião. Tornou insustentável a situação para mim. Eu, que dediquei tempo e posts para explicar o caso da Operação Sinal Fechado, jamais poderei subir a um palanque ou realizar qualquer tipo de manifestação em favor da sua candidatura. Não seria possível para mim pedir votos em favor de Wilma.
Por outro lado, Mineiro é, indiscutivelmente, o melhor dos nossos parlamentares estaduais, seja em função de seu conhecimento e posicionamento nas questões mais relevantes em favor da população do estado, seja pelo seu histórico de militância social e política. Sua coerência de Quixote contra moinhos de vento, mesmo que para isso tenha de se opor às decisões partidárias, é reconhecida e o habilita para a disputa e para o exercício de um mandato para recuperar a cidade para o seu povo.

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