#RevoltadoBusao: Empresas sonegam impostos e pagam altos valores por decisões favoráveis

Ao longo dos dez anos de investigação contra o Seturn, realizada a partir de denúncia do sindicato do  transporte alternativo, foram muitos os depoimentos que contribuíram para delinear o modo de atuação das empresas de ônibus para manter seus negócios e anular a concorrência.
Um dos que fala na condição de testemunha é uma figura muito evidência atualmente devido a todos os problemas que envolvem o transporte urbano em Natal, culminando na #RevoltadoBusao.  Augusto Maranhão disse, por exemplo, em resposta a uma notificação extrajudicial feita pela Transflor, empresa que já não existe mais, que "a maquiagem das informações por parte das empresas de ônibus para se beneficiarem no pagamento do ISS, informando ainda que determinado superintendente de transportes [da STTU] foi demitido em razão dos comentários que iria fiscalizar as roletas dos ônibus".
Ou seja, Maranhão explica porque a fiscalização contra os ônibus era impedida por meio de pagamentos ilícitos por parte do Seturn - o que é um forte motivo, além da necessidade de sufocar economicamente o sistema de transporte alternativo da cidade.
Um leitor, ligado aos transportes alternativos, lembrou hoje que os permissionários das vans não apenas passaram por um processo de licitação - o que nunca ocorreu com o transporte de ônibus -, como também são todos pequenos e médios empresários que enfrentam uma concorrência desleal contra os grandes empresários de ônibus.
Mas Augusto Maranhão disse mais ao MP.  Na mesma resposta à Transflor, Maranhão afirma que "a renovação dos termos de permissão é um desses esquemas públicos e notórios, onde o custo extra-oficial dessa 'transação' foi de R$ 1.000.000,00 (hum (sic) milhão de reais) e que se encontra pendência judicial por ter sido pago apenas a metade".  Por fim, Augusto Maranhão acusa que a autorização para troca de linhas entre empresas é coisa obscura "envolvendo altos valores".

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