WIKILEAKS à imprensa:  NAS ELEIÇÕES NOS EUA,  VOTE WIKILEAKS
  3/10/2012,  WikiLeaks – http://wikileaks.org/Press-Statement-In-this-election.html
  "AJUDE  WIKILEAKS A GOVERNAR OS EUA
  nos próximos quatro anos"
  Doe em http://wikileaks.org/donate2012/
  WikiLeaks decidiu entrar  na campanha eleitoral nos EUA. De hoje até o dia das eleições nos EUA, pelos  próximos 34 dias, com início dia 3/10/2012 e término no dia 6/11/2012, estamos  lançando uma nova campanha de arrecadação de fundos para manter WikiLeaks.
  
  Até hoje, ninguém desmentiu nem UM ÚNICO item de qualquer informação que tenha sido revelada ao mundo por WikiLeaks. E a  reação do governo dos EUA é prova de que TODAS AS INFORMAÇÕES DISTRIBUÍDAS AO  MUNDO POR WIKILEAKS SÃO VERDADEIRAS.
  
  6ª-feira passada, dia 28/9, o Pentágono, mais uma vez, ameaçou WikiLeaks. O  porta-voz do Pentágono George Little 'exigiu' que WikiLeaks destrua suas  publicações, inclusive os "Papéis da Guerra do Iraque" [orig. Iraq War logs] que revelaram a matança  de mais de 100 mil civis. Little disse que "a posse continuada, por WikiLeaks,  de informação sigilosa que pertence ao governo dos EUA representa violação  continuada da lei". Mais uma vez, o Pentágono "advertiu o Sr. Assange e WikiLeaks"  contra "solicitar" material de militares 'sentinelas' [soldado que toca o  apito, para avisar sobre presença ameaçadora, orig. whistleblowers (NTs)] dos EUA.
  Em resposta, WikiLeaks decidimos 
  intervir na campanha eleitoral para a presidência dos EUA.
  O governo dos EUA alega que o Sr. Assange e a organização WikiLeaks estariam sob  jurisdição do governo dos EUA.
  Em resposta, WikiLeaks decidimos 
  por o governo Obama sob nossa jurisdição.
  Todas as crianças norte-americanas aprendem, desde a escola primária, que estar  submetido a leis sem ter garantido o direito de defesa é injustiça. Dessa  certeza democrática se fez a Revolução Norte-americana. 
  
  Exigimos o nosso direito de defesa. E aqui iniciamos uma campanha para  converter os votos de Democratas e Republicanos em apoio econômico e político a  WikiLeaks e aos valores consagrados na Primeira Emenda. 
  
  No dia das eleições, não vote em candidatos do Partido Republicano nem do  Partido Democrata. Em vez disso vote o único voto que realmente significa  alguma coisa. Vote com seu dinheiro, para ajudar WikiLeaks. 
  
  O Partido Democrata prometeu governo transparente. Em vez disso, está  construindo um Estado dentro do Estado. Há hoje nos EUA 5 milhões de cidadãos que  vivem sob vigilância, espionados como se fossem inimigos. 
  
  O governo do Partido Democrata escondeu mais informação relevante que todos os  governos anteriores. Os cidadãos, nos EUA, não sabem sequer quem são os  condenados à morte que o presidente manda executar como melhor lhe pareça. Sem  conhecimento dos cidadãos, o presidente dos EUA decide hoje quem vive e quem morre  assassinado. 
  
  O governo dos EUA caminha a passos largos para a distopia: leis secretas,  processos secretos, orçamentos secretos, resgates secretos, matanças secretas,  espionagem secreta massiva contra os próprios cidadãos, ataques secretos com  aviões-robôs, drones, e prisão  secreta de cidadãos norte-americanos sem qualquer acusação formalizada. 
  
  O colapso da União Soviética poderia ter levado ao fim do estado de exceção nos  EUA, ao fim do estado de segurança. Mas, sem a oposição moral de outro sistema,  o estado de exceção cresceu nos EUA sem qualquer limite ou controle e hoje já  influencia, com seus tentáculos, todas as políticas norte-americanas. Não se  podem admitir mais quatro anos nessa direção. É intolerável. 
  
  O governo Obama mantém uma "investigação por toda a máquina de governo", em "escala  e natureza sem precedentes" contra WikiLeaks e toda nossa equipe. 
  
  Conseguiu impor bloqueio extrajudicial ilegal de todas as nossas contas  bancárias. E mantém Bradley Manning sob prisão ilegal, sem acusação formal,  apenas porque os EUA 'desconfiam', sem ter até agora encontrado qualquer prova,  de que ele seria 'fonte' de WikiLeaks. Bradley Manning é mantido sob prisão em  condições que, na avaliação do Relator Especial da ONU sobre Tortura, Juan  Mendez, caracterizam tortura. 
  
  O Sr. Assange é refugiado político, legalmente declarado e reconhecido, mas  embaixadores dos EUA ameaçaram países – por exemplo a Suíça – para que não lhe  garantissem asilo. 
  
  O presidente Obama 'declarou' Bradley Manning culpado, sem que haja qualquer  sentença legalmente declarada por tribunal legal. O vice-presidente Biden disse  do Sr. Julian Assange que seria "um terrorista hi-tech". A campanha Obama-Biden jacta-se de ter processado duas  vezes mais vazadores de informação relacionadas à segurança nacional que "todos  os governos anteriores somados" (como se lê em http://www.guardian.co.uk/commentis).  É inadmissível. É absolutamente inaceitável.
  
  Os políticos vivem a repetir que a decisão do eleitor, nas eleições, determina  o futuro.
  
  Mas, como já se viu no governo Obama, pouca diferença faz que a maioria dos  votos decida quem ocupará formalmente a presidência, porque se vota num nome de  presidente, mas elege-se um governo, composto das agências do governo e dos  amigos do governo que não precisam ser sequer amigos do presidente eleito, nem amigos,  sequer, do partido do presidente eleito. Nenhuma diferença faz o partido eleito  porque, no governo, todos os partidos são calados. E o mais calado dentre os  calados é quem tente falar por alguma oposição ao governo, seja de que partido  for. 
  
  Mas há outra opção. 
  
  As agências do governo e todas as corporações SABEM que conhecimento é poder.  Por isso, precisamente, consomem literalmente bilhões de dinheiro público para  manter o mais estrito sigilo em torno do governo e das corporações. É  vitalmente importante para eles manter seus planos, projetos e ações ocultados  dos eleitores e absolutamente invisíveis, preservados sempre sob o mais estrito  sigilo. 
  
  Tudo que façam tem de ser ocultado, precisamente, dos eleitores, de nós todos. 
  Porque sabem que, unidos, podemos forçá-los a agir de outro modo.
  
  Foram as revelações que WikiLeaks trouxe ao mundo – não algum 'ato' do  presidente Obama – que obrigaram os EUA a porem fim à Guerra do Iraque. Ao  noticiar a matança de crianças iraquianas, WikiLeaks motivou diretamente o  governo do Iraque a remover a imunidade que, até então, assegurara aos  militares norte-americanos, que lhes permitia matar cidadãos iraquianos sem que  os assassinatos fossem considerados crimes. E o fim dessa imunidade, afinal,  forçou os EUA a se retirarem do Iraque (é o que todos podem ler em http://salon.com/2011/10/23/wikilea...).  
  
  Foram as revelações que WikiLeaks noticiou para o mundo e a ação dos ativistas  em todo o mundo árabe – não alguma 'ação' do governo Obama – que ajudaram a  disparar a Primavera Árabe. 
  
  Enquanto WikiLeaks já desmascarava ditadores do Iêmen ao Cairo, o vice-presidente  dos EUA Joseph Biden ainda insistia em chamar Hosni Mubarak de "um bom  democrata"; Hillary Clinton dizia que o governo de Murarak era "estável" e o  governo dos EUA trabalhava, em conluio com o ditador Saleh do Iêmen, para  bombardear o próprio povo do Iêmen (é o que todos podem ler em http://www.guardian.co.uk/world/201  e em http://www.worldaffairsjournal.org/).
  
  E foram as revelações de WikiLeaks – não a Casa Branca – que obrigaram o  governo a reformar a maior rede de hospitais infantis nos EUA (é o que todos  podem ler em http://wikileaks.org/wiki/Report_on...).  
  
  Ano passado, o Pentágono recebeu $662 bilhões para fazer guerras pelo planeta  em 2012.
  
  Até hoje, ninguém desmentiu nem UM ÚNICO DADO de qualquer informação que tenha  sido revelado ao mundo por WikiLeaks. E a reação do governo dos EUA é prova de  que TODAS AS INFORMAÇÕES DISTRIBUÍDAS AO MUNDO POR WIKILEAKS SÃO VERDADEIRAS.
  
  Para que WikiLeaks possa continuar a fazer o seu trabalho, publicando  informação verdadeira, com distribuição em massa de informações que podem, sim,  levar o mundo a construir melhores governos, temos, agora, de construir, nós  também, nossa frente de resistência. 
  
  No início de dezembro de 2010, WikiLeaks recebia cerca de $120 mil dólares por  dia em doações de cidadãos comuns, em todo o mundo. 
  
  Em obediência à pressão que receberam de Washington – e em ação absolutamente  ilegal –, instituições financeiras entre as quais Visa, MasterCard, PayPal,  Bank of America e Western Union, impuseram um bloqueio bancário contra WikiLeaks,  que resultou em roubo de 95% dos fundos pertencentes a WikiLeaks que estavam  sob guarda daquelas empresas.
  
  Embora WikiLeaks tenha vencido todas as ações judiciais que impetramos até hoje  contra o bloqueio ilegal, aquelas empresas, todas elas subordinadas a Washington,  continuam a apelar indefinidamente.
  
  Então, de hoje até o dia das eleições nos EUA, pelos próximos 34 dias, com  início dia 3/10/2012 e término no dia 6/11/2012, estamos lançando uma nova  campanha de arrecadação de fundos para manter WikiLeaks. 
  
  Ainda é possível fazer doações em dinheiro para WikiLeaks por várias vias  simples, que contornam os bloqueios, inclusive através de Visa, MasterCard e  PayPal. As doações serão usadas para pagar os custos da infraestrutura de nossa  organização e os custos legais da luta contra o bloqueio de nosso dinheiro.  Esperamos para breve uma decisão final, irrecorrível, na apelação que Visa  impetrou contra sentença de tribunal islandês que já declarou ilegal o bloqueio  financeiro. Também esperamos para breve sentença final favorável na ação que  impetramos na Europa, de violação, pelas instituições bancárias europeias, da  legislação antitrustes.
  
  Para ajudar a pagar os custos da defesa judicial de Julian Assange, você ainda  pode usar seu cartão de crédito, mas terá de fazer doação em separado, para 
  Julian Assange and WikiLeaks Staff  Defence Fund, 
  administrado e auditado por Derek Rothera & Co.
  Detalhes em nossa página
  http://wikileaks.org/donate2012/
  Você também pode contribuir para o 
  Bradley Manning Defense Fund
  Detalhes em http://shop.wikileaks.org/donate
  
  "A luta do homem contra o poder  é a luta da memória contra o esquecimento"
   (Milan Kundera)
Assina [por  WikiLeaks]  Julian Assange
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Visite a  página da campanha: http://wikileaks.org/donate2012  
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