Ativa foi transformada em comitê de Hermano e Paulinho Freire

A petição do Ministério Público destaca o uso político-eleitoral da Ativa em favor de Hermano Morais e do prefeito em exercício Paulinho Freire.
Várias funcionárias testemunharam ao MP sobre o assunto.
Leia o que elas disseram sobre a perseguição e a pressão para que votassem e pedissem votos para Paulinho e Hermano.  A consequência para a negativa seria a demissão.

ALINE LUCENA:
MPE: Seu nome e o motivo que trouxe você aqui? Aline: “Meu nome é Aline Lucena e o motivo que me trouxe foi por eu ter sido demitida dia 06, não dia 05 saiu meu nome do Diário Oficial como a gente tava demitida. É antes disso tava ocorrendo dentro da SEMTAS, que eu trabalho dentro da SEMTAS, mas eu sou da ATIVA cedida para a SEMTAS, que a SEMTAS pede para a ATIVA me contratar né. Então tava havendo várias reuniões, toda vida me chamavam e eu nunca fui para as reuniões, essas reuniões são reuniões políticas, que já sabia que era Paulinho, o pessoal de Paulinho fazendo reuniões lá dentro. (...) nós fomos para a ATIVA , quando nós chegamos na ATIVA para fazer a reunião com o responsável pela ATIVA, é lá em baixo já estava Paulinho Freire a expectativa nós esperando. Então eu entrei numa sala a qual ele estava com Augusto, que é uma das pessoas responsáveis pela ATIVA também, e aí eu disse: Augusto eu quero saber o que é que tá acontecendo que meu nome saiu nessa lista, é porque eu não fui para as reuniões? Ele disse: Aline eu não sei e nem tenho nada a ver com isso. Aí eu disse: tudo bem. Aí Paulinho Freire olhou para mim aí eu disse: isso é opressão política, se for para mim votar no senhor eu não vou votar. MPE: Aí quer dizer que a senhora teve cara a cara com ele? Aline: “Tive cara a cara com ele, dentro da ATIVA, no dia que tava 192 pessoas lá no sol, outras lá dentro nas salas. Então eu olhei para a cara dele e disse isso então ele (Paulinho): 'calma tenha paciência você tá muito irritada.' Entraram para uma sala e me deixaram do lado de fora, quando ele saiu da sala ele (Paulinho) disse: 'não se preocupe.' aí o outro disse: 'entra Aline, você está dentro de novo.' Dia 06 colocaram de novo no Diário Oficial, todas as pessoas foram recontratadas. É... Pronto foi isso que aconteceu”(...). MPE: Ele ameaça? Aline: “Ameaça dependendo dos termos o que será uma ameaça. Ameaça é o que ele fez né, separou aquelas pessoas e botou para fora e se nós não voltamos para lá e imploramos, pedimos e dizemos eu voto, eu vou trabalhar para ele. Aí pronto você vai para a rua mesmo se não você para trabalhar.”CELIANE:
Celiane: “Hoje eu presto serviço a ATIVA com carteira assinada e tudo e a gente soube dessa demissão no dia 05 né, nessa lista que saiu no Diário Oficial e no outro dia eles desconsideraram. Quando foi na quinta-feira ou foi quarta a minha coordenadora da Casa de Passagem chamou a gente informando que o Secretário juntamente com a Secretária Adjunta e Diderot teriam chamado ela para passar para a gente que a gente assinaria uma lista e indicasse 5 nomes de pessoas para votar em Paulinho Freire, daí a gente ficou abismada e se sentiu um pouco pressionado, mas ninguém quis assinar. E, logo após essa divulgação a gente recebeu a notícia da própria Secretária Adjunta que estávamos todos sendo devolvidos a empresa ATIVA , porque iria haver uma seleção que iniciou-se no dia 21 e encerrando-se no dia de hoje para essa nova empresa que é o NDS e daí a gente realmente acha que há perseguição política de tá querendo retirar a gente para colocar outros do seu lado.”
MARINALVA:
MPE: A senhora pode dizer seu nome por favor e o motivo que a trouxe aqui? Marinalva: “Meu nome é Marinalva e o motivo que me trouxe aqui foi perseguição política. Eu era coordenadora do Peti Cidade da Esperança e depois fui encaminhada pelo DPSE para ser, para trabalhar na função de serviço de convivência e fortalecimento de vínculos e quando ele viu que eu não era Paulinho Freire, porque eu disse abertamente dentro da Secretaria que eu não era Paulinho Freire e não era Hermano Moraes, então eu por eu não ser Paulinho Freire e nem Hermano Moraes me botaram para trabalhar na Casa de Passagem, eu até cogitei com a senhora Verônica.”(...) MPE: Então ela queria lhe tirar de lá, já que você não ia dar esse apoio político e lhe colocar para a Casa de Passagem? Marinalva: “Sim, sim, já que eu não ia dar o apoio a Hermano Moraes e Paulinho Freire eu iria para fora, pra rua né.” MPE: Mas a senhora chegou a receber essa ameaça claramente ou indiretamente? de quem? Marinalva: “Não claramente, abertamente assim não. Mas quando foi quarta-feira passada Katiuscia do DPSE ligou para mim. [...] E aí Katiuscia ligou para mim pedindo que eu fosse urgente lá na SEMTAS e eu como coordenadora de uma casa tive que ir né. Chegando lá ela me passou uma relação que eu deveria colocar, pedir a todos que votassem em Paulinho Freire e Hermano Moraes e colocasse o nome e o endereço de todos eles.” MPE: No caso a senhora dava o seu e de mais 5 pessoas? Marinalva: “Eu da o meu e eu tinha que arrumar mais 5 pessoas, outra pessoa dava o dele e tinha que arrumar mais 5 pessoas e assim sucessivamente”. (...). MPE: Quem foi que entregou esses papeis para vocês assinarem com os santinhos? Marinalva: “Katiuscia do DPSE.” [...] MPE: Essa Katiuscia tem envolvimento com Paulinho Freire? Marinalva: “Claro, todos que trabalham lá tem, até porque é feito abertamente dentro da SEMTAS é feito propaganda, é feito reuniões dentro da SEMTAS pra que isso aconteça.” MPE: Você conhece a pessoa de Diderot? Marinalva: “Sim, é um grande cabo eleitoral de Paulinho Freire, aonde ele é quem puxa toda a campanha dele dentro da SEMTAS.” MPE: Ele chega a fazer campanha lá dentro,? Marinalva: “Faz sim, Paulinho Freire vai lá pra dentro até.” MPE: a senhora já viu Paulinho Freire lá dentro? Marinalva: “Já sim, já sim.” MPE: Quais são os atos que ele faz? Distribui panfletos? Se ele pede voto? Marinalva: “Faz tudo, distribui panfletos, pede votos, faz uma pressão na gente.” MPE: Ameaça? Marinalva: “Diderot faz sim ameaça.” (...). 


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