PF faz operação para prender prefeita eleita e mais 11 por crimes eleitorais no interior do Ceará

A Polícia Federal realiza, na manhã desta terça-feira (20), uma operação no município de Trairi (a 123 km de Fortaleza) para combater supostas práticas de crimes eleitorais durante a votação de outubro.

A prefeita eleita Regina Nara Batista Porto, conhecida como Nara do Mauro (PSDB), é uma das detidas e principal acusada dos crimes.

Ao todo, segundo o Ministério Público Eleitoral, foram expedidos 12 mandados de prisão pela Justiça contra acusados de diversos crimes eleitorais.

Um balanço com o número de acusados detidos e detalhes das investigações e acusações só devem ser divulgados após a conclusão da operação, que está em andamento. A previsão é que uma entrevista coletiva seja concedida à tarde.

Segundo o MPE informou a reportagem do UOL, a prefeita foi presa porque está sendo acusada de compra de votos e transporte irregular de eleitores. Nara do Mauro já foi presa e deve ser interrogada.

A prefeita eleita representa um grupo de oposição à atual gestão, que também é acusada de irregularidades e crimes eleitorais.

O UOL está tentando localizar o advogado da prefeita, mas até o momento não conseguiu contato com o responsável pela defesa de Nara do Mauro.

Outras operações

Essa é a terceira operação policial na cidade em pouco mais de dois meses. No dia 19 de setembro, outra operação da PF prendeu 11 pessoas de acusados por crimes eleitorais envolvendo o grupo político do atual prefeito Josimar Moura Aguiar (PRB).

Em nota, a PF informou que a Operação Transparência cumpriu 31 mandados judiciais expedidos pela Justiça Eleitoral, sendo 20 de busca e apreensão e 11 de prisão temporária.

Entre os presos estavam a primeira-dama do município, o filho do prefeito, um candidato a prefeito e integrantes do poder público municipal. Os nomes dos acusados não foram informados à época.

Todos respondem por crimes de corrupção eleitoral, formação de quadrilha, falsidade ideológica para fins eleitorais e compra de votos.

No dia 5 de setembro, outra operação resultou em 16 presos. Na ocasião foram apreendidos documentos são referentes a pessoas acusadas de fraudes em licitação, formação de quadrilha, falsidade ideológica e condescendência criminosa.

Segundo as investigações, os desvios no município chegariam a R$ 20 milhões. Por conta das acusações, o prefeito foi afastado do cargo.

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