Pouco tempo antes do início da prova de hoje do Enem a Veja cometeu uma ação simplesmente inacreditável, reproduzida no tweet abaixo:
No primeiro dia, trinta e sete candidatos foram eliminados por publicar fotos das provas nas redes sociais. Hoje, a Veja convidou os estudantes a continuarem a descumprir as regras - publicando novamente fotos das provas.
Não sei ao certo se o objetivo é simplesmente melar o processo, mas o fato, criminoso, é inominável.
Para completar, o espaço reservado no site da revista para publicar as fotos solicitadas tem como título "Enem: no segundo dia de prova, estudantes voltam a compartilhar fotos feitas na sala de prova". O texto destaca que
O porte de celular, assim como outros aparelhos eletrônicos, é proibido dentro dos locais de prova. De acordo com o edital do Enem, eles devem ser desligados e lacrados. No sábado, o Ministério da Educação (MEC) indentificou 37 pessoas que postaram fotos da prova usando o aplicativo Instagram (confira algumas imagens). Segundo a pasta, eles foram punidos e não terão a prova corrigida.A Veja convidou os estudantes a cometerem a irregularidade para depois expor as fotos - destacando-as como irregulares, que efetivamente são.
Para evitar irregularidades nas redes sociais, o MEC diz estar monitorando de perto as informações compatilhadas na internet. Também no sábado, boatos de cancelamento espalhados no Twitter foram prontamente desmentidos pelo ministério, que pediu à Polícia Federal uma investigação sobre o caso.
Segundo o procurador do MP junto ao TCE do RN, Luciano Ramos, "em direito penal isto se chama flagrante preparado, certamente a ética profissional a este tipo de jornalismo".
Quantos estudantes serão punidos por publicarem as fotos das provas de hoje? Quem terá coragem de responsabilizar a Veja por isso?
Comentários