Com atraso de quase uma semana, registro a ação do Comitê Popular da Copa no último sábado:
No Coletivo Foque
Neste sábado, dia 1º de dezembro, o Comitê Popular da Copa realizou protestos em todas as cidades sedes da Copa do Mundo de 2014. Em Natal, representantes do Comitê e da Associação Potiguar dos Atingidos Pela Copa (APAC) foram pra rua com o objetivo de chamar a atenção da população para os prejuízos que as obras da Copa poderão causar à cidade e seus habitantes.
Para a professora Dulce Bentes, do Departamento de Arquitetura da UFRN, “Não temos que achar que essas obras de mobilidade são para a Copa de 2014, são recursos públicos destinados para a estrutura urbana da nossa cidade”. Para ela é preciso resolver o problema da mobilidade num diálogo muito sério com habitação, com moradia. “Então, um olhar responsável do poder público sobre habitação, de interesse social, tem a obrigação de subsidiar e não dispensar a população ou desapropriar. Resolver o problema da mobilidade desalojando moradores está criando um problema maior”, afirmou Dulce.
Segundo o arquiteto Francisco Iglesias, da Associação Potiguar Amigos da Natureza, as obras de mobilidade da Copa representam um atentado contra a cidade, pois são obras baseadas em estudos falhos. “Se tiver um planejamento ele é o contrário dos interesses da cidade, é o contrário de como se caminha a política urbana no mundo inteiro, que é de valorização do pedestre, valorização do ciclista, valorização do transporte público. Então nossa cidade, em vez de aproveitar essa Copa como elemento de um salto qualitativo para a sua população, está perdendo esta oportunidade”, denunciou Iglesias.
O advogado Marcos Dionísio, integrante do Comitê Popular da Copa, diz que a preocupação maior é que a Copa do Mundo não pode acontecer violando direitos humanos e aponta as desapropriações de várias famílias como um dos graves problemas que afetam a população da cidade. Além disso, “são obras que agridem o meio ambiente, como o alargamento da Avenida Felizardo Moura, no bairro Nordeste, que ameaça entrar na área de mangues”, bem como as obras da avenida Roberto Freire, que invadem o Parque das Dunas
De acordo com o Comitê Popular da Copa, além de não resolver o problema de mobilidade os projetos para a Copa de 2014 têm custo muito alto, o que significa um mega endividamento do Estado e do município de Natal.
No Coletivo Foque
Neste sábado, dia 1º de dezembro, o Comitê Popular da Copa realizou protestos em todas as cidades sedes da Copa do Mundo de 2014. Em Natal, representantes do Comitê e da Associação Potiguar dos Atingidos Pela Copa (APAC) foram pra rua com o objetivo de chamar a atenção da população para os prejuízos que as obras da Copa poderão causar à cidade e seus habitantes.
Para a professora Dulce Bentes, do Departamento de Arquitetura da UFRN, “Não temos que achar que essas obras de mobilidade são para a Copa de 2014, são recursos públicos destinados para a estrutura urbana da nossa cidade”. Para ela é preciso resolver o problema da mobilidade num diálogo muito sério com habitação, com moradia. “Então, um olhar responsável do poder público sobre habitação, de interesse social, tem a obrigação de subsidiar e não dispensar a população ou desapropriar. Resolver o problema da mobilidade desalojando moradores está criando um problema maior”, afirmou Dulce.
Segundo o arquiteto Francisco Iglesias, da Associação Potiguar Amigos da Natureza, as obras de mobilidade da Copa representam um atentado contra a cidade, pois são obras baseadas em estudos falhos. “Se tiver um planejamento ele é o contrário dos interesses da cidade, é o contrário de como se caminha a política urbana no mundo inteiro, que é de valorização do pedestre, valorização do ciclista, valorização do transporte público. Então nossa cidade, em vez de aproveitar essa Copa como elemento de um salto qualitativo para a sua população, está perdendo esta oportunidade”, denunciou Iglesias.
O advogado Marcos Dionísio, integrante do Comitê Popular da Copa, diz que a preocupação maior é que a Copa do Mundo não pode acontecer violando direitos humanos e aponta as desapropriações de várias famílias como um dos graves problemas que afetam a população da cidade. Além disso, “são obras que agridem o meio ambiente, como o alargamento da Avenida Felizardo Moura, no bairro Nordeste, que ameaça entrar na área de mangues”, bem como as obras da avenida Roberto Freire, que invadem o Parque das Dunas
De acordo com o Comitê Popular da Copa, além de não resolver o problema de mobilidade os projetos para a Copa de 2014 têm custo muito alto, o que significa um mega endividamento do Estado e do município de Natal.
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P.S.: aliás, vergonhoso que nosso Aeroporto Augusto Severo não tem ligação por ônibus com Natal desde março/2012 e a estação do trem, ao lado do aeroporto, não tem conexão com este.