Edivan Martins, o manifesto e o golpe

Cada vez mais se esclarecem as estratégias envolvidas na ação do presidente da Câmara Municipal de Natal, Edivan Martins (PV), para permanecer vereador.
Mais cedo, falei sobre as forças ocultas que estavam atuando para que o juiz Carlos Virgílio mudasse o voto, em favor de George Câmara e Ranieri Barbosa, dado na primeira sessão.  Virgílio mudou o voto mas, ainda assim, a decisão de hoje foi favorável a manutenção dos votos da coligação União Por Natal 2, excluindo-se apenas o PTdoB.  A decisão está em linha com o que compreende a Procuradoria Regional Eleitoral, no que se refere à manutenção da soberania do voto popular principalmente, e está em linha com a decisão do ministro Dias Toffoli semanas atrás.
O cenário das ações de Edivan e seus aliados, como o deputado federal Henrique Eduardo Alves, está cada vez mais claro.  E amanhã, ao lado de Erick Pereira, Edivan desembarca em Brasília pela manhã a fim de convencer Toffoli e o TSE a uma decisão que lhe seja favorável.
Um dos passos dados nas ações de Edivan Martins foi a criação de um manifesto, noticiado por Ricardo Rosado, em que 17 vereadores afirmavam o apoio à permanência de Edivan como presidente da Câmara.  A princípio imaginei que a ação apenas serviria para criar um clima de opinião favorável à tese de fato consumado.  Mas não foi apenas isso.
Essa ação foi utilizada para convencer o TRE a entender que a questão já estava consumada e serviu de argumento na defesa da tese de que Edivan e Cláudio Porpino devem ser considerados eleitos no Tribunal.  A ideia a ser vendida: os vereadores já considerariam a questão resolvida.  Por enquanto, não funcionou.
Ainda há águas para rolarem.  Até aqui ficou evidente que o pleno do TRE caminha para uma decisão favorável à defesa da coligação União Por Natal 2, assim como o fez a PRE e o TSE.  Mas a questão do mérito será decidida apenas na terça-feira pelo TRE.  E ainda há embargos de declaração no TSE.  É tempo demais para forças ocultas de uns tais movimentos democráticos brasileiros atuarem para roubarem a soberania de 27 mil votos natalenses.

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