Somos todos Azenha

Por Leandro Fortes
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O negócio é o seguinte.

A decisão da Justiça a favor de Ali Kamel e contra o jornalista Luiz Carlos Azenha é uma decisão contra todos nós que, nesses últimos anos, temos nos dedicado a brigar em público pela democratização da comunicação no Brasil, apesar dos inúmeros reveses que temos sofrido - esse com Azenha é só mais um deles, um dos mais duros, mas não é o único.

Azenha foi quem idealizou o movimento de blogueiros progressistas no Brasil, uma maneira de unir cidadãos, inclusive jornalistas, em um movimento contra-hegemônico essencial para a preservação da saúde democrática nacional, coisa que quem de direito deveria fazer, mas não faz e ainda se mantém em vergonhoso e covarde silêncio.

Este governo federal que aí está, este PT que não é mais sombra do que foi, acuado como um cordeirinho por uma mídia decrépita e reacionária sustentada basicamente pelo Erário, mas com desfaçatez suficiente para acusar a blogosfera de sê-lo. Um governo dominado, amedrontado e submetido diariamente ao escárnio de uma mídia da qual se mantém refém por obra da pusilanimidade de quem deveria lutar pela sociedade, mas luta pela preservação dos privilégios de meia dúzia de famílias que controlam os meios de comunicação do país.

A condenação de Azenha, como antes a condenação de Rodrigo Vianna, e outras que virão não para fazer Justiça, mas para calar a blogosfera e engessar as redes sociais, é reflexo direto do aparelhamento direto do Poder Judiciário, cidadela na qual se encastelaram as forças consevadoras do país, e de onde passaram a travar a luta política em nome do grande capital, o latifúndio e os interesses comerciais dos barões da imprensa.

Mas, digo, não passarão.

Minha proposta é simples e direta:

Vamos juntar esforços e pagar esses 30 mil reais que Azenha está sendo forçado a entregar às Organizações Globo. Vamos mostrar que, juntos, não somos dobráveis, que nossa força vem da consciência da nossa missão.

Vamos abrir uma conta bancária onde cada um irá depositar o quanto puder: 10, 20, 50, 100, 1.000 reais. Não importa. Será a nossa resposta a essa gente, até que entendam que será inútil querer nos dobrar.

Quem topa?

E Luiz Carlos Azenha, nem pense em fechar o Viomundo.

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