Militares tentam intimidar autor de livro sobre luta armada contra a Ditadura Militar

Por João Roberto Laque
No Blog do Laque

Coronel Antônio Paiva Rodrigues


Depois de me xingar dessa forma,
quais serão as providências do pessoal do Guararapes
em ralação a mim e a meu livro?


Se você pensa que os militares estão conformados com a redemocratização do Brasil, com a instalação da Comissão da Verdade ou em ter uma ex-guerrilheira sentada na cadeira de presidente, leia o e-mail que recebi esta semana de um oficial.





Só a acusação de terrorista contida no texto já me iguala, em periculosidade e desvio de conduta, aos irmãos que atacaram a Maratona de Boston ou, até mesmo, ao próprio Bim Laden, com perdão da imodesta comparação.


O fato de dizer que tenho cara de diabo ou sou comunista frustrado não mexe muito com meu ego, já que acho o demo até charmoso e nunca fui um "comunista" propriamente dito.

Agora, a gravidade do fato é que o referido e-mail não é uma simples ameaça anônima, dessas que viraram febre na internet. A intimidação tem nome, sobrenome, patente militar graduada e endereço eletrônico.

E o que deixou o coronel Antônio Paiva Rodrigues tão irado? Ora, uma singela propaganda do livro Pedro e os Lobos - Os Anos de Chumbo na trajetória de um guerrilheiro urbano enviada a sua caixa-postal.
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O milico simplesmente não gostou de saber que meu trabalho discorre sobre as mazelas praticadas pelos seus pares durante o regime militar e, de quebra, trata os Anos de Chumbo a partir da ótica da guerrilha.

Ele também deve ter torcido o nariz para o tratamento de herói que dei ao ex-sargento Pedro Lobo de Oliveira e a todos os seus companheiros de luta que atazanaram o governo de coturnos naqueles distantes anos 1960 e 1970.

Na visão de Antônio Paiva, Pedro e os Lobos é um livro nefasto que confunde a mente dos brasileiros.

O perigo maior, entretanto, é a questão não ter parado no gabinete do referido coronel. Ele encaminhou "meu caso" a um oficial mais graduado ― o general de divisão reformado Francisco Batista Torres de Melo, coordenador dum grupo chamado Guararapes ― para a devida tomada de providências.


E, vindas de um general de divisão das antigas, que chefia uma entidade de ultra-direita cujo lema é ― Estamos Vivos!, já imagino quais serão as providências cabíveis.


Portanto, caros perseguidores, se esta for minha última aparição aqui neste espaço ou em qualquer outro espaço existente sobre a face da Terra, se conformem.

A propósito, o coronel em seu e-mail garante que estamos perto de um débâcle. O grifo em amarelo no e-mail, inclusive, é dele. Alguém saberia me explicar o que ele quis dizer com isso?


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