O blog é péssimo em matemática e, portanto, errou

Está certo, como jornalista eu sou um péssimo matemático - mas ninguém teve a misericórdia de encontrar uma forma adequada de tentar nos explicar a questão do reajuste na obra do estádio Castelão - sobre o saldo?  Sobre a parcela da contra-prestação?
Vou seguir na minha analogia.
O saldo devedor da minha simulação é de R$ 10 milhões.  O valor da prestação é R$ 100 mil. Neste post, supostamente mostrei que ajustar o saldo devedor ou o valor da prestação resultaria em valores diferentes.
Ok, acho que eu estava errado - mas ainda careço de uma explicação melhor fundamentada que o meu próprio raciocínio.
Se o valor da prestação é de R$ 100 mil e o saldo de R$ 10 milhões, no meu exemplo isso significaria que ainda restam ser pagas cem parcelas.  Desse modo, o aumento de 10% na parcela de R$ 100 mil se multiplica por cem - e não por doze, como fiz antes.  Todas as parcelas subsequentes são reajustadas e não as doze seguintes.
Aí não precisa prosseguir.  É matemática básica do tempo da escola.  O resultado se torna o mesmo porque os dois lados da equação recebem o mesmo percentual de aumento: aplicando o aumento de 10%, na parcela ou no saldo, o valor do saldo é reajustado para R$ 11 milhões.
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Ainda que tenhamos cometido um erro grasso em nossa análise, uma coisa permanece e disse à comunicação do governo ontem: o valor do Castelão já não é mais R$ 518 milhões, mas sim R$ 545 milhões, apesar de um discurso oficial enfatizar o primeiro valor.  O reajuste, legal, não é comunicado porque não serve à intenção comunicativa do governo, evidentemente.
Já foram pagos R$ 508 milhões - não pouco mais de R$ 480 milhões.  Mas não restam R$ 10 milhões, como pensaríamos à primeira vista, mas sim R$ 37 milhões - valor que ainda será reajustado até o fim da concessão em 2018.

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