Publicado originalmente no No Minuto
Os relatos dão conta de uma violenta e gratuita repressão contra os manifestantes da #RevoltadoBusao nesse início de noite em Natal.
Os governos não querem um povo mobilizado e politizado nas ruas das cidades, lutando por direitos. Mesmo aqueles que são mais conservadores aplaudem tal repressão - mas são capazes de reclamar da falta de mobilização e interesse social dos jovens. Contradição.
A violência, segundo testemunhas, foi gratuita.
O perfil da vereadora Amanda Gurgel (PSTU) no Facebook relata que a
Segundo o relato, o protesto reunia cerca de três mil pessoas, a responsabilidade pela violência é do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) e da governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Em favor do Seturn. "A luta contra o aumento não para aqui", conclui.
Já o sociólogo Daniel Menezes, na Carta Potiguar, descreve a ação como um ato de barbaridade contra um protesto pacífico:
Diante de um cenário assim, tão anti-democrático, resta um recado para os poderosos que mandam a polícia dar - "descer a madeira de dar em doido até quebrar". O recado é de Geraldo Vandré e foi apresentado ao Brasil em 1967. Permanece atual:
Vim de longe, vou mais longe
Quem tem fé vai me esperar
Escrevendo numa conta
Pra junto a gente cobrar
No dia que já vem vindo
Que esse mundo vai virar
Noite e dia vêm de longe
Branco e preto a trabalhar
E o dono senhor de tudo
Sentado, mandando dar.
E a gente fazendo conta
Pro dia que vai chegar
Marinheiro, marinheiro
Quero ver você no mar
Eu também sou marinheiro
Eu também sei governar.
Madeira de dar em doido
Vai descer até quebrar
É a volta do cipó de arueira
No lombo de quem mandou dar.
Os relatos dão conta de uma violenta e gratuita repressão contra os manifestantes da #RevoltadoBusao nesse início de noite em Natal.
Os governos não querem um povo mobilizado e politizado nas ruas das cidades, lutando por direitos. Mesmo aqueles que são mais conservadores aplaudem tal repressão - mas são capazes de reclamar da falta de mobilização e interesse social dos jovens. Contradição.
A violência, segundo testemunhas, foi gratuita.
O perfil da vereadora Amanda Gurgel (PSTU) no Facebook relata que a
manifestação pacífica foi reprimida com disparos de balas de borracha, bombas de efeito moral e spray de pimenta. Há registros de feridos. A violência começou quando uma professora foi agredida por policiais. A vereadora Amanda Gurgel e o vereador Marcos Antonio tentaram impedir e acalmar os ânimos. Mas minutos depois a polícia deu início à repressão generalizada.
Segundo o relato, o protesto reunia cerca de três mil pessoas, a responsabilidade pela violência é do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) e da governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Em favor do Seturn. "A luta contra o aumento não para aqui", conclui.
Já o sociólogo Daniel Menezes, na Carta Potiguar, descreve a ação como um ato de barbaridade contra um protesto pacífico:
Conforme membros da Carta Potiguar que acompanhavam a passeata, os estudantes, trabalhadores e movimentos sociais andavam em clima de tranquilidade.
Nas imediações próximas ao Midway, quando o protesto deixava a via federal, que é de responsabilidade da PRF, a polícia militar começou a soltar bombas de gás lacrimogênio, disparar gás de pimenta e a dar tiros de borracha contra a multidão.
Os cidadãos tentaram voltar, mas a polícia fechou de ambos os lados.
Ato de pura covardia.
Os manifestantes se dispersaram um pouco. Muita gente vomitando e passando mal.
Conforme Alyson Freire, colunista da Carta, não existiu nada que justificasse tamanha violência, a não ser a tentativa de mandar um recado claro – que no RN não se tolera democracia.
Governo do Estado deve ser acionado na secretaria da presidência de direitos humanos da república e todos os envolvidos na desastrosa operação responsabilizados. É o mínimo.
Natal tem a segunda tarifa mais cara do Nordeste e conta com uma as frotas mais velhas e desconfortáveis. A polícia entrou para garantir que ninguém reclame.
Triste RN.
Protesto só vai aumentar. Mais um tiro no pé.
Diante de um cenário assim, tão anti-democrático, resta um recado para os poderosos que mandam a polícia dar - "descer a madeira de dar em doido até quebrar". O recado é de Geraldo Vandré e foi apresentado ao Brasil em 1967. Permanece atual:
Vim de longe, vou mais longe
Quem tem fé vai me esperar
Escrevendo numa conta
Pra junto a gente cobrar
No dia que já vem vindo
Que esse mundo vai virar
Noite e dia vêm de longe
Branco e preto a trabalhar
E o dono senhor de tudo
Sentado, mandando dar.
E a gente fazendo conta
Pro dia que vai chegar
Marinheiro, marinheiro
Quero ver você no mar
Eu também sou marinheiro
Eu também sei governar.
Madeira de dar em doido
Vai descer até quebrar
É a volta do cipó de arueira
No lombo de quem mandou dar.
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