Por Gustavo Ribeiro
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Desculpem a obviedade da afirmação. Sim, vcs devem saber (com a ajuda dos Google Analytics da vida, por exemplo) o quanto são lidos e o como suas postagens e textos são recebidos por suas "audiências".
Certamente vcs também sabem o peso que têm na disputa da opinião pública (ou não... sei lá se já pararam para pensar nisso!). Mas, em momentos como os que estamos vivendo, alguns relatos fazem notar a importância de certas palavras.
Minha companheira de vida, Vergas Vitória Andrade, é professora de ensino médio em uma instituição de ensino na zona norte de Natal. Ontem, ao chegar em sala de aula, foi abordada pelos alunos para falar sobre os movimentos que estão ocorrendo (aula de sociologia, sabe como é...) e ficou apreensiva sobre o que iria sair da conversa.
Mas eis que um aluno afirma ter lido um post no blog do Daniel Dantas Lemos sobre os rumores de golpe de Estado e disse estar muito preocupado com isso. A partir daí, outros alunos/as passaram a dar sua opinião sobre o quanto acharam "desvirtuado" o ato de quinta em Natal, criticando, segundo eles, o "clima de Carnatal" que lá se instaurou.
O que me leva a pensar sobre o quanto mistificamos a juventude. Por vezes esquecemos que não há uma juventude, monolítica, imutável ao longo dos tempos, pronta para ser manipulada. Como qualquer outra geração, a opinião é plural, o acesso à informação é plural e as interpretações das informações são plurais.
Mas, o fato é que, quando pensamos em "onda conservadora manipulando os jovens que acordaram agora", somos cegos ao quanto há abertura para outras visões entre eles.
Daí a importância do que blogueiros e militantes virtuais progressistas fazem. Há, sim, companheiros, espaço para opiniões divergentes das simplificações veiculadas pela grande mídia.
Vcs fizeram com que aquele secundarista refletisse sobre a política. Muitos outros/as devem estar fazendo o mesmo agora, a partir de seus textos. Nunca parem de escrever, vcs fazem a diferença!
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