Petroleiros entram em greve por tempo indeterminado contra o PL 4330 e o leilão de Libra

Da Assessoria de Comunicação do Sindipetro

Não é só por melhores salários e condições de trabalho

Na próxima quinta-feira, 17, trabalhadores da Petrobrás e subsidiárias entrarão em greve, com parada de produção, por tempo indeterminado. O indicativo aprovado pelo Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros - FUP foi referendado por assembleias de trabalhadores realizadas em todo o país. Além de trabalho digno e salário justo, a categoria exige o arquivamento do PL 4330, que trata da terceirização, e o cancelamento do leilão de Libra, a maior descoberta mundial de petróleo dos últimos anos.

Desde o dia 2 de outubro, petroleiros e representantes de diversos segmentos sociais estão acampados na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pressionando o Governo pelo cancelamento do leilão, marcado para o próximo dia 21. No dia 17 de outubro, data indicada para o início da greve dos petroleiros, haverá mais uma grande manifestação nacional contra os leilões de petróleo, com marchas e mobilizações em vários estados do país.

Em Natal, o Ato Público tem o apoio de dezenas de entidades sindicais e populares, reunidas no Comitê Potiguar em Defesa da Petrobrás, do Pré-sal e do Petróleo Brasileiro. O evento será realizado na próxima quinta-feira, no Calçadão da Rua João Pessoa, no centro da cidade, a partir das 16 horas.

Campanha – Nos últimos meses, a categoria petroleira tem realizado uma intensa campanha nacional, junto com diversas entidades populares, organizações sociais e centrais sindicais, para impedir que o governo leiloe o campo de Libra. Além do "Acampamento da Soberania", em Brasília, os petroleiros já realizaram uma greve de 24 horas, atos e manifestações públicas, exigindo a suspensão imediata do certame.

Outro ponto central da greve da categoria é a retirada de tramitação do Projeto de Lei 4330. Também chamado de "PL da Escravidão", o Projeto piora consideravelmente as condições de trabalho e ataca direitos históricos da classe trabalhadora.

Além dessas bandeiras, os petroleiros também lutam por avanços na campanha reivindicatória para celebração de um novo Acordo Coletivo de Trabalho visando o período 2013-2015. A contraproposta apresentada pela Petrobrás em 7 de outubro não atende aos interesses da categoria, e, por isso, FUP e sindicatos indicaram a rejeição.

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