Defesa de litígio por parte do Jurídico da Petrobras se transforma em denúncia de corrupção na Época
A matéria de Diego Escosteguy, na Época deste fim de semana, fala que o Jurídico da Petrobras recomendou à diretoria - e, por tabela, ao conselho - que permanecesse em litígio contra a Astra. Não podia garantir que venceriam a disputa judicial mas julgavam que seguir com o pleito melhor atendia aos interesses da empresa.
Por fim, a Petrobras perdeu a disputa e teve de pagar indenização e ainda os honorários sucumbenciais.
Aí, conclui o texto, só ganharam dinheiro a Astra e os advogados.
Nada disso tem sequer indícios de corrupção - nem dos advogados, nem de Gabrielli, ou de qualquer diretor, ou partido. Mas se transformou, no enquadramento que deu Diego, em uma denúncia de corrupção. O repórter chega a dizer que não se sabe se o parecer jurídico que referendou as decisões não tinha sido elaborado por pressão do então presidente da Petrobras.
Na verdade, tais relatos reforçam a tese de que a Petrobras, tendo errado no negocio e sua judicialização, errou de boa-fé.
O mais impressionante da matéria são as fotos (uma imensa de José Dirceu), os infograficos e as tabelas citando o PT, quando o texto não referenda nenhum dos gráficos ou tabelas. Até Dirceu é citado muito de passagem - mas sua foto é maior da matéria.
Manipulação e enquadramento.
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