O deputado federal e presidente da  Câmara, Henrique Eduardo Alves, já destinou no atual mandato R$ 101.477 de sua  Cota para Exercício da Atividade Parlamentar, portanto dinheiro público, a  gastos com a RG de Barros Vasconcelos (nome de fantasia Posto Jacutinga, CNPJ  03154296000193). A mesma empresa doou R$ 10 mil à campanha do parlamentar, no  ano de 2010.
Somente nos dois primeiros meses de  2014, foram gastos R$ 9 mil da cota de Henrique Alves com a RG de Barros,  exatamente R$ 4.500 em cada mês. O Supremo Tribunal Federal vota, atualmente, a  possível vedação de doações de empresas às campanhas eleitorais e a maioria dos  ministros já se posicionou favorável à proibição.
Em janeiro de 2013, os gastos de Henrique Alves com a empresa doadora  foi notícia no jorna O Globo, com a manchete "Alves abastece com verba posto  que doou para sua campanha" (http://oglobo.globo.com/pais/alves-abastece-com-verba-posto-que-doou-para-sua-campanha-7306756).
Na ocasião, o deputado, através de sua  assessoria, limitou-se a responder que "com relação às doações de campanha,  peço que seja verificada a lisura, a legalidade de todas as prestações de conta  junto ao TRE. Com relação ao uso de verba indenizatória, sugiro que seja  verificada a legalidade e a correção de minhas contas nesses 42 anos de vida  parlamentar".
Apesar da denúncia, os gastos  continuaram sendo efetuados e chegaram a R$ 43.458,19 somente durante o ano passado.  A análise de O Globo apontou que o preço da gasolina normal no Jacutinga, em  janeiro de 2013, era R$ 2,71 o litro, enquanto a aditivada estava em R$ 2,85  por litro.
De acordo com o jornal, ainda que  considerando o valor do combustível mais caro, "num mês como fevereiro de 2011,  em que o parlamentar gastou R$ 4.500 no posto, seria possível rodar 1.660  quilômetros, aproximadamente a distância necessária para se cortar o Nordeste,  indo de Salvador a São Luís".
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