Batistas paraibanos negam denúncia publicada pelo blog em 2012

Em 2012, publiquei o seguinte texto.  Ali, reproduzia um parecer publicado pelo Pr. Francimar Gomes de Moura, em 2010, acusando líderes batistas paraibanos de envolvimento em uma suposta fraude que chegava a R$ 5 milhões.
Alguns comentários ao post foram publicados, com notas da Junta de Missões Mundiais (JMM) da Convenção Batista, assim como com reportagem de jornal batista no mesmo ano de 2012, argumentando que a informação publicada não era verdadeira - ainda que também haja a notícia da suspensão da Ordem dos Pastores de pelo menos um dos envolvidos por não repassar, para a Convenção Paraibana, o valor devido à cooperação denominacional.
Na época argumentei, e continuo a fazê-lo hoje, que não poderia publicar uma negativa ou excluir o post (coisa, aliás, que jamais faria) sem que fossem apresentadas algo mais que a fala de alguém.  Aliás, era necessário que as pessoas se responsabilizassem pelo dito (um dos comentários era anônimo e outro assinado por uma organização dos batistas).  Era preciso que me mandassem as provas - que nunca foram mandadas - de que as informações eram falsas.
Recebi hoje pela manhã, mais de dois anos depois, o telefonema de um irmão paraibano me pedindo novamente para excluir o post do ar.  Seu argumento era que a Convenção Batista Paraibana pediu perdão aos denunciados (você pode ver a nota na página 12 desta edição do jornal O Batista) e que o denunciante, que chegou a ser presidente da Convenção, foi afastado e nem mais faria parte do grupo dos batistas paraibanos.  Alegou, inclusive, que o Pr. Francimar responderia a 18 processos na justiça.
Seu intuito era que eu excluísse o post.
Nunca excluiria um post, ainda que possa alterá-lo para corrigir (ou indicar correções) acerca de informações publicadas.  Mas posso publicar retificações, erratas, como já fiz mais de uma fez.
No entanto, nunca poderei fazer isso sem que elementos de prova sejam apresentados acerca dos erros alegados.
Nesse caso específico, nem há um erro alegado.  A questão é que o Pr. Francimar teria utilizado um Grupo de Trabalho para perseguir dois pastores batistas da Paraíba.  Um deles, inclusive, em virtude de suas suspensões, teria organizado uma outra Convenção Batista no estado, da qual teria sido presidente.
O perdão, do ponto de vista da informação, não prova que o Pr. Francimar mentia.  Por isso, pedi à pessoa que me ligou que ele escrevesse um email repondo as informações que ele argumenta estarem erradas em meu post.  Não topou - não sem antes convidar-me a conhecer o patrimônio que o GT acusou os denunciados de ter fraudado documentos para tirá-lo da posse e propriedade da Convenção.
Nada disso, no entanto, do ponto de vista da informação, prova nada.
Não provando nada, no máximo, pode ser publicado como versão, o outro lado.  Para tanto, no entanto, a fonte precisa querer falar oficialmente.  Ninguém ainda se dispôs.
Curioso que a nota da JMM fala que, realmente, anos "depois, o Pr. Cirino Refosco, como presidente da Convenção Batista Paraibana, transferiu os imóveis às igrejas então organizadas. Porém, sem dolo ou má fé, deixou de observar o processo de transferência de imóveis nos termos do Estatuto da Convenção Batista Paraibana. No entanto, o patrimônio nunca deixou de pertencer aos batistas paraibanos".  Ou seja, confirma parte do que traz o parecer do GT afirmando, no entanto, que não havia dolo ou má-fé - e o patimônio foi mantido.
Adoraria publicar a retificação das informações publicadas em 2012.  Mas para isso é preciso que alguém assuma o que diz e assine.  E é preciso mais que desmentidos - é preciso que se apresentem as provas.
Estou sempre aberto aqui nesse espaço - que, aliás, não é profissional.

Comentários