#ForaMicarla: Prefeita afirma não pensar ainda na reeleição

Em entrevista a 98 FM esta noite, a prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV), disse que não está pensando, por enquanto, em reeleição, mas também negou que esteja pensando em desistir da disputa por causa do caos administrativo que a cidade enfrenta e dos baixos índices de aprovação popular.

“Se depender de dificuldade administrativa, não tem reeleição para ninguém, porque todos [os municípios] passam por dificuldades. Mas não quero falar sobre reeleição agora, porque, pra mim, o mais importante é entregar todas as obras que prometi, sem me preocupar se vou ser ou não candidata e, se for, se estarei ganhando ou não [a eleição]”, declarou.

Micarla cometeu, no entanto, um ato falho, ao afirmar que tem o compromisso de entregar a cidade, em janeiro de 2013, melhor do que recebeu - indicando que sabe bem que tem poucas chances na disputa eleitoral do ano que vem.

A matéria de Alisson Almeida, em No Minuto, destaca também as informações que a prefeita deu na entrevista sobre a situação de inadimplência da prefeitura junto ao CAUC e as pendências relacionadas às obras da Copa 2014:

Micarla comentou, ainda, as pendências que o município tem junto ao Cadastro Único de Convênio (CAUC). Ela disse que a prefeitura enviou a documentação para tentar liberar o empréstimo de R$ 300 milhões com a Caixa Econômica Federal para as obras de mobilidade urbana com vistas à Copa 2014.

A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) havia negado o aval para a contratação do empréstimo em virtude das pendências do município com o CAUC. Micarla disse que, na próxima semana, vai a Brasília (DF) pedir que a presidenta Dilma Rousseff considere a “excepcionalidade” das cidades-sede da Copa do Mundo com relação à inscrição no Cadastro Único de Convênios.

“Na última reunião que tivemos com a presidente Dilma Rousseff, pedimos que, no que se refere à Copa, só entrasse no CAUC o que fosse relacionado à dívida do município, porque se não, ninguém vai conseguir andar. Qualquer secretaria da prefeitura deixa de enviar um documento, aí o município entra no CAUC, mas isso não significa que estamos devendo”, pontuou.

Micarla explicou que a Prefeitura obteve na Justiça o direito de ser excluída do CAUC em função de dívidas da Urbana contraídas em 2006, na gestão do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), no valor de R$ 104 milhões.

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