#HomofobiaNao: Agressores soltos

A polícia identificou os agressores de pais e filhos confundidos com gays no interior de São Paulo.  Um deles prestou depoimento ontem à tarde.  Identificado mas, diga-se de passagem, com a identidade preservada.  O homem de 25 anos confessou participação nas agressões, no entanto negou diante do delegado que o crime tivesse motivação homofóbica. 
Outro suspeito, de 30 anos, será ouvido em data a ser marcada. 
Segundo o delegado Fernando Zucarelli o pedido de prisão dos suspeitos identificados foi negado na justiça.  Enquanto isso, são pai e filho que temem pela sua integridade - lembrando que o pai teve a maior parte da orelha decepada na agressão.  “Depois que vi que não deu em nada e que eles continuam soltos, fiquei com medo de sair na rua. Espero que seja feita Justiça. Porque se ninguém for punido, o pessoal vai achar que pode sair na rua espancando e arrancando a orelha de quem quiser", disse o homem de 42 anos ao UOL.
Na madrugada de terça-feira, 19, mais um crime com motivações homofóbicas no interior de São Paulo:


O cabeleireiro Donizete José de Souza, 27, recebeu três tiros no rosto e teve o tórax perfurado em uma tentativa de homicídio ocorrida na madrugada desta terça-feira (19) em Barretos (438 km de São Paulo).
O cabeleireiro estava com mais três homens dentro de um carro no distrito industrial da cidade, local considerado “ermo” pela polícia. Um deles era o operador de balança Danilo Rodrigo Okazuka, 29, alvejado na cabeça e no ombro e que morreu no local.
Segundo a Santa Casa de Barretos, o estado do cabeleireiro é muito grave. Ele está internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
De acordo com Julio Cesar Cardoso, 62, delegado titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) da cidade, é muito provável que a motivação do crime seja fútil. “Só com a prisão dos acusados é que teremos condições de confirmar essa hipótese”, afirmou.
Okazuka gostava de levar uma vida saudável, de baladas e de curtir os amigos, declarou o primo Rafael Eduardo Pereira, 24. Segundo ele, o rapaz era pai de uma menina de cinco anos, que mora com a mãe no Japão. “O sonho dele era juntar dinheiro e voltar a morar no Japão.”
O primo declarou que Okazuka se ausentou de casa para ir a uma festa numa cidade vizinha na companhia do cabeleireiro. A família soube da morte pelo noticiário da televisão. Em Barretos, Okazuka morava com a mãe, o padrasto, a irmã e uma sobrinha.

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