Há quase uma semana, manifestantes ocupam o centro do capitalismo
financeiro no Mundo, em Wall Street, Nova York. Depois de passar pelo
Oriente Médio, Europa, América do Sul, a onda de protestos chegou aos
EUA no dia 17 de setembro. Cerca de 2000 pessoas foram à Liberty Plaza
se manifestar no sábado, ao lado da sede da Nasdaq, principal bolsa de
valores dos Estados Unidos e permanecem lá até agora.
Intitulado de #OcuppyWallStreet, o movimento afirma lutar contra ao 1% corruptos que prejudicam os outros 99% da população americana. O cerne da corrupção, dizem, é a especulação financeira dos investidores de Wall Street e cuja ação irresponsável deflagrou a crise econômica em 2008 que persiste até hoje.
O modelo segue as manifestações no resto do mundo: jovens, com alta participação nas redes sociais e que foram atingidos em cheio pelo desemprego gerado na crise econômica.
Os participantes reivindicam a penalização dos homens de Wall
Street, que cometeram uma série de crimes financeiros no cerne da crise
econômica. Além disso, criticam o sistema político americano, baseado
na prática do lobby, submetido aos interesses do Banco Central (Fed) e
dividido entre dois partidos – democratas e republicanos – que acabam
por travar uma série de discussões na Câmara dos Deputados. Cartazes
como “Pessoas, não lucros”, “Wall St. tem dois partidos, precisamos do
nosso próprio”, “Não posso comprar meu lobista, faço parte dos 99%”,
“AIG, Bank of America, Goldman Sachs, Citi, JPMorganChase – Por que
vocês não estão na cadeia?” ilustram esse cenário.
Seguindo o modelo das outras manifestações ao redor do mundo, os
participantes são também auto-organizados. Desde sábado, a polícia
divide espaço com os manifestantes. Uma série de prisões foi realizada
na quarta-feira 21, com o argumento de que é proibido ocupar calçadas
públicas. A ação contribuiu para aumentar a indignação do movimento. Os
protestos se espalham pelo país. Há registros de movimentações em São
Francisco, Los Angeles, Atlantida, Chicago, Phoenix e Cleveland.
Em 2008, a super-especulação sobre o preço de hipotecas e práticas financeiras sem regulação levaram os maiores bancos do país a beira da falência. Um aporte financeiro estatal histórico salvou as instituições. Três anos depois, o governo decretou elevação do teto da dívida e reajuste fiscal, incidindo justamente sobre a classe trabalhadora.
“Débitos entre os muito ricos ou entre governos sempre pode ser
renegociado. Mas quando é um pobre que deve a um rico, pagar se torna
uma obrigação sagrada. Renegociar é impensável”, afirma David Graeber,
ativista do movimento, em entrevista ao jornal britânico The Guardian.
O movimento reflete a perda de popularidade do governo americano em meio a crise econômica – a Câmara possui hoje cerca de 15% de aprovação – e a perda da onipotência financeira do estado, consumido por gastos com as infrutíferas guerras que o país iniciou.
Além da indignação quanto à estrutura econômica e política do país, os manifestantes protestaram
também contra a morte de Troy Davis. Davis foi submetido à pena de
morte nesta quarta-feira 21 sem provas suficientes que o julgassem
culpado. “Em 21 de setembro, Troy Davis, um homem inocente, foi
assassinado pelo estado da Georgia. Troy Davis era um dos 99%”,
escreveram os manifestantes no blog do movimento.
Em tempo real, um vídeo mostra a rotina dos particiapantes reunidos em fóruns de discussão, tocando instrumentos musicais ou comendo a pizza gratuita oferecida por uma das lanchonetes do bairro.
Intitulado de #OcuppyWallStreet, o movimento afirma lutar contra ao 1% corruptos que prejudicam os outros 99% da população americana. O cerne da corrupção, dizem, é a especulação financeira dos investidores de Wall Street e cuja ação irresponsável deflagrou a crise econômica em 2008 que persiste até hoje.
O modelo segue as manifestações no resto do mundo: jovens, com alta participação nas redes sociais e que foram atingidos em cheio pelo desemprego gerado na crise econômica.

Em 2008, a super-especulação sobre o preço de hipotecas e práticas financeiras sem regulação levaram os maiores bancos do país a beira da falência. Um aporte financeiro estatal histórico salvou as instituições. Três anos depois, o governo decretou elevação do teto da dívida e reajuste fiscal, incidindo justamente sobre a classe trabalhadora.
O movimento reflete a perda de popularidade do governo americano em meio a crise econômica – a Câmara possui hoje cerca de 15% de aprovação – e a perda da onipotência financeira do estado, consumido por gastos com as infrutíferas guerras que o país iniciou.
Em tempo real, um vídeo mostra a rotina dos particiapantes reunidos em fóruns de discussão, tocando instrumentos musicais ou comendo a pizza gratuita oferecida por uma das lanchonetes do bairro.
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